Rondônia discute em Pimenta futuro da pecuária

Roberto Gutierrez – Será realizado no próximo dia 28, no parque de exposições de Pimenta Bueno, uma Audiência Pública que vai debater a sanidade animal de Rondônia com foco voltado para a situação do Fundo Estadual de Sanidade Animal (FESA/RO) e do Fundo Emergencial de Febre Aftosa do Estado de Rondônia (FEFA/RO). A iniciativa é da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE).

O poder público quer ouvir as cooperativas, associações e sindicatos ligados ao setor pecuário do Estado quanto aos caminhos a serem tomados após decisão do Tribunal de Contas ter recomendado a suspensão das ações exercidas pela Agência Idaron com recursos do FEFA. O que está em discussão é uma proposta encaminhada à Casa de Leis, pela assessoria jurídica da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), sobre a alteração da Lei Complementar n° 536, de 9 de dezembro de 2009, que cria o Fundo Estadual de Defesa Animal (FESA) e institui a Taxa de Defesa Sanitária do Estado de Rondônia.

Na opinião do deputado estadual Luiz Cláudio (PTN-Rolim de Moura), autor da proposta da audiência pública, o momento é de extrema preocupação, por conta da má interpretação arquitetada contra ao FEFA que, sempre foi primordial a Rondônia, pois ajudou a colocar o Estado na condição status de “Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação”.

Na atualidade, o setor pecuário corresponde com pelo menos 50% da economia gerando divisas. O crescimento da pecuária de corte, desde que o Estado alcançou status de “Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação”, deu um salto importante para a economia de Rondônia. Isso se verifica com a segurança que o Estado oferece na questão da sanidade animal. O resultado é que todos os grandes frigoríficos do Brasil optaram vir para Rondônia pelo simples fato de que daqui, é possível exportar carne para o exterior sem correr riscos – como já aconteceu com o Mato Grosso. Segundo Euvaldo Foroni, presidente da Cooperocarne, esses avanços se devem a união de entidades e criadores de bovinos, que apostaram na criação do FEFA. “Essa iniciativa, somada a Idaron deu personalidade às campanhas e as ações rápidas a quaisquer eventualidades”, concluiu.

Pela importância que Rondônia tem no setor pecuário do Brasil, e pela vigilância permanente feita na fronteira com a Bolívia, qualquer problema no tocante a um foco de febre aftosa, compromete a economia nacional.

Na opinião de boa parte dos pecuaristas e técnicos especializados no setor, Rondônia não pode quebrar o elo de comprometimento entre os produtores. Cada um tem que ficar atento, ou seja: fiscalizar o outro se não está vacinando o gado, sob pena de todos amargarem prejuízos incalculáveis.

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