Expedito garante retomar obras de água e esgoto

Treze pessoas morreram no ano passado em Rondônia por doenças decorrentes da falta de saneamento.
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O investimento em saneamento básico, serviço essencial, mas desprestigiado
pelos governantes principalmente em função da falta da visibilidade por
ter as obras ‘enterradas’, será retomado em um eventual governo sob o
comando do candidato pela coligação Frente Muda Rondônia, Expedito Junior.
Segundo ele, água tratada e esgoto sanitário são “essenciais como forma de
melhorar a qualidade de vida, prevenir doenças, aumentar a produtividade,
proteger o meio ambiente e ainda, promover a expansão econômica”.

Na quinta-feira (11) o Instituto Trata Brasil e a Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) promoveram um seminário em Porto Velho, no auditório do Tribunal
de Contas, sobre saneamento, no qual foi apresentado um estudo detalhado
sobre a situação do serviço em Rondônia. O candidato, que passou boa parte
da semana em campanha por municípios do Cone Sul, orientou sua equipe de
planejamento a participar do evento para embasar ainda mais os estudos que
estão sendo feitos para compor a política de saneamento que será posta em
prática a partir de janeiro do próximo ano.

O Instituto Trata Brasil é uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, formado por empresas com interesse nos avanços do
saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país. O estudo
“Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento no Estado de Rondônia”
mostrou as consequências da falta de saneamento junto à sociedade e,
principalmente, seus reflexos sobre a economia, indicando quais os
benefícios econômicos que sua população teria com a universalização do
saneamento.

Segundo o estudo, que tem base nos indicadores do Sistema Nacional de
Informações do Saneamento (SNIS) em Rondônia, dois em cada três habitantes
ainda não tem acesso à água tratada e a parcela da população com coleta de
esgoto é baixíssima, em torno de 3%. Isso coloca Rondônia, juntamente com
Pará e Amapá, entre as unidades da Federação com as piores marcas em
termos de saneamento.

Por aqui ainda ocorrem mais de 4,4 mil internações por doenças infecciosas
associadas à falta de saneamento, com 13 mortes registradas em 2013. Além
do gasto com a saúde, o trabalhador que adoece se afasta do trabalho,
comprometendo sua produtividade. No caso de crianças e adolescentes, a
doença causa o afastamento da escola, com efeito expressivo sobre seu
desempenho escolar.

Investimentos

Para a expansão do saneamento básico em Rondônia, o estudo estima a
necessidade de R$ 3,6 bilhões. Para se ter uma idéia do volume, isso
equivale a mais de 60% do orçamento anual. Deste valor, um terço deve ser
investido no saneamento em Porto Velho, um terço para investimento em
Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena, Cacoal, Jaru e Rolim de Moura, e outra
parte para ser investida no restante dos municípios do estado.

Porto Velho foi a capital brasileira contemplada com o maior volume de
recursos do PAC para saneamento nos últimos anos, mas muito pouco ou quase
nada avançou. “Foram R$ 700 milhões que, por motivo de completa
incapacidade administrativa do governo atual e do anterior, se
transformaram numa grande incógnita. Projetos e licitações mal feitas
fizeram com que o Tribunal de Contas da União paralisasse as obras. Não
sabemos se ainda podemos contar com esses recursos. O certo é que vamos
eleger uma bancada competente o bastante para buscar reaver essa verba”,
diz Expedito.

Expedito disse que irá resgatar ainda o projeto de levar água tratada aos
distritos de União Bandeirante e Vista Alegre do Abunã, além das
comunidades ribeirinhas de São Carlos, Demarcação, Santa Catarina, Calama,
Curicaca e populações quilombolas.

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