Morte ou ressurreição política de um Narciso?

ivo-e-valdemiro-jpgQuem se acha bom demais, acaba tropeçando. É o que sinaliza acontecer com o senador Narciso Cassol (PP-RO).  Corre o risco de não eleger nem a irmã caçula governadora, e nem a ex-primeira-dama senadora. Quanto às eleições proporcionais, Narciso sabia que a coligação em torno das candidaturas a deputado federal era muito fraca, tanto, que não se opôs que a ex esposa do pai dele, a qual Ivo não esconde que não morre de amores, saísse candidata. Não fosse isso, ele não teria desistido do plano inicial de colocar uma das filhas candidata a deputada federal. Aí o risco de fracasso poderia ser ainda maior, ou não!

Mas, uma coisa, é preciso destacar: Narciso Cassol sabe o que está fazendo. Ele é altamente estrategista, pois, ao lançar a mulher e a irmã caçulinha candidatas, sem sombra de dúvidas, uma delas têm 90% de chance de se eleger daqui a quatro anos senadora, haja vista que que nessa disputa haverá duas vagas.  A coisa só se complicaria um pouco se Expedito Júnior não se eleger governador, pois aí teríamos Valdir Raupp (PMDB) à reeleição do Senado e, certamente, Expedito Júnior (PSDB) tentando a outra vaga.

Narciso Cassol teria elaborado toda essa estratégia, não por causa da condenação de prisão domiciliar com pulseira eletrônica no tornozelo que ele será obrigado a usar, mas, porque sabe que tem outros processos contra ele que poderão deixa-lo com a ficha suja   por pelo menos mais duas eleições. Preparando politicamente quem ele confia, não ficará de fora do poder.

Aliás, Cassol joga certo aos próprios interesses (do ponto de vista de sobrevivência até de egoísmo) ao ousar capitanear pra ele dois votos no Senado e ainda um governo de Rondônia de lambuja.

Como disse o irmão dele, César Cassol, prefeito de Rolim de Moura, “Ivo tem muita sede de poder”, após ter comparado o irmão a uma cadela.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*