Segundo Gutierrez, novatos podem se dar bem em 2018

Diante de tantas coisas acontecendo no meio político como prisões, delações, empreiteiras sendo obrigadas a entregar esquemas de propinas disfarçadas de doações e artimanhas quanto à lavagem de dinheiro, fica muito difícil fazer uma análise sobre o que poderá acontecer nas eleições de 2018. Afinal, quem tem mandato está sendo visto por boa parte da população como pessoas livres de qualquer suspeita até que seja denunciado.

Em Vilhena, por exemplo, cidade do Cone Sul de Rondônia, até então, apenas três vereadores estão livres de acusações que levaram à cadeia cinco vereadores, o prefeito e o vice, além de mais dois vereadores que são considerados foragidos da Justiça.

A provável delação do prefeito José Rover e do vereador Carmozinho do Táxi, ambos de Vilhena, tira o sono de muita gente, pois, não se sabe se isso poderá atingir políticos em nível estadual, haja vista que, na atual circunstância, qualquer emenda parlamentar pode soar como aquele ditado popular: quando a esmola é demais, até o santo desconfia.

Outro ponto que pode bagunçar com os planos de muita gente é o conteúdo das delações por parte do consórcio das empresas que construíram as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio.

Independente do que possa acontecer ou quantos na ativa serão atingidos, o perfil dos futuros eleitos em Rondônia, pelo menos para 2018, precisa ter estrutura financeira ou condições de carrear doações, ser novato na política, ou ter sobrevivido à inquisição anticorrupção.

Ao meu ver, não se trata de passar a régua e deixar nascer uma nova política, mesmo porque, não existe velha ou nova política, apenas o jeito certo e o jeito errado de se fazer política. Esse conceito se estende ao eleitor que, a duras desilusões, tem que amadurecer a cada processo eletivo.

Artigo de opinião de Roberto Gutierrez.

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