RIO, o que está por trás da intervenção, segundo Ciro Andrade

Ciro Andrade – Estamos diante de um momento muito perigoso. O Brasil está assistindo relaxadamente, muitos brasileiros dormem tranquilamente esta noite… Mas podemos amanhecer em um final de semana muito triste para o país e para a democracia.

Hoje eu li muitas críticas sobre a decisão do governo federal em relação ao decreto para as forças armadas assumirem o comando da segurança no Rio de Janeiro… Muitas manifestações prol, muitas contra, mas a verdade é que estamos diante de um momento grave, podemos amanhecer com a consumação do golpe institucionalizado. Uma tomada militarizada em consonância com o atual presidente.

Tudo porque há um presidente posto, que não sabe tratar as questões como elas devem ser tratadas e é por excelência um atendente dos interesses externos.

O que precisa invadir as favelas e subir os morros são educação, saúde, segurança, pacificação, saneamento e respeito. Armamento pesado já existe por lá e não cabe ao estado estabelecer confronto colocando a vida de milhares de pessoas em risco. As pessoas que convivem no mesmo espaço com a violência são pois frutos da discriminação, da exploração e da omissão do próprio estado. A missão das Forças Armadas é impedir nas fronteiras a entrada de armas e drogas, inibindo o contrabando e invasão territorial e não se voltar para o interior do país, como se o inimigo fosse os pobres e seus familiares.

A ordem civil está inversa. Podemos amanhecer com sabor de sangue em nossas bocas.

Há a uma chacina em eminência, um massacre determinado através de uma bula assinada por um imbecil incapaz de visualizar este país como um continente onde prospera a paz e as oportunidades econômicas e sociais são pois dependentes de idealismo e sabedoria estratégicas, sem o entreguismo e sem a venda de nossas riquezas…

Que Deus olhe para o Rio de Janeiro e que o mundo não se envergonhe de meu querido Brasil…

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