A redenção econômica na visão de Roberto Gutierrez

Rondônia, muito antes de ter esse nome e ter pertencido ao Amazonas e ao Mato Grosso, teve em sua trajetória pontos importantes que mudaram para melhor o curso da história. Foi assim, com a primeira leva de seringueiros no fim do século 17, bem depois de Entradas e Bandeiras, assim como, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, na mesma época em que Marechal Rondon cortava a pé trazendo a linha telegráfica para Santo Antônio; o Jornal Alto Madeira;  a época dos Soldados da Borracha no período da Segunda Guerra Mundial, a construção da BR-29 (1960)- hoje BR-364; a rádio Caiarí; a chegada do Ibra (Incra) que deu início ao primeiro projeto de colonização e reforma agrária do Brasil (1970); a chegada da televisão, a instalação do Estado de Rondônia; a pavimentação asfáltica da BR-364; os garimpos de ouro e cassiterita; a hidrelétrica de Samuel – o Linhão,  e a usinas de Santo Antônio e Jirau.

Na atualidade acontece algo tão importante quanto aos demais tópicos que citei, mas passa despercebido – como se fosse algo irrelevante (um bando de besta cavando buraco pra espalhar terra). Estou falando sobre as usinas da calcário.  Imagine poder quadriplicar a produção agrícola, melhorar em 100% a qualidade das pastagens sem precisar desmatar mais terras, apenas corrigindo o PH do solo.  A acidez do solo limita a produção agrícola e a correção com o calcário representa mais alimento, mais produção e, ao mesmo tempo vai exigir do governo e da iniciativa privada mais investimento. Mais produção requer estradas melhores, mas silos de armazenagem de grãos, frigoríficos, um porto mais eficiente, pressionar por uma ferrovia, ou seja, tirar Rondônia de uma situação que promete muito, para uma verdadeira máquina de produzir e gerar riqueza. Assim como é de extrema importância o controle sanitário animal com a vitória dos produtores, Fefa e Idaron com relação a Aftosa para o rebanho bovino e bubalino com vistas à economia, o Calcário é a redenção econômica de Rondônia. É simples de entender: o calendário de pagamento do leite e de algumas safras agrícolas movimentam a economia e fazem a festa dos mercados. Imagine isso tudo ampliado em dezenas de vezes?

Está na hora dos deputados federais, estaduais, senadores, prefeitos, vereadores, sindicatos rurais e afins, Ministério Público, associações comerciais e o próprio governo do Estado, por meio de órgãos de extensão rural, se unirem para fortalecer a ideia quanto ao Calcário, que poderá ser verificado em nossa história futura, com um divisor de épocas, assim como foi chegada do Incra em 1970.

O calcário é tão bom para a economia quanto para o meio ambiente. Pensem nisso.

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