Ji-Paraná vai às rua no combate à exploração sexual

Pelo menos quinhentas pessoas, segundo os organizadores, pessoas participaram hoje (18) do encerramento da Campanha de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A Prefeitura de Ji-Paraná por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado à Família e Indivíduos (PAEFI), realizou um Pit Stop em um dos locais mais movimentados da cidade. Motoristas e pedestres receberam panfletos informativos sobre o assunto.

“A proposta foi mobilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes”, enfatizou a secretária da Semas, Sônia Reigota.

Participaram da mobilização estudantes do Instituto Federal de Rondônia, Escola Antonio Bianco, alunos do Projeto sonho Meu da Fundação Ji-Cred, Crianças e adolescentes do projeto Bombeiro Mirim, Guarda Mirim e Proerd. Também marcaram presença representantes dos órgãos do Poder Judiciário, Policia Civil, Policia Federal, Policia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Casa de Nazaré, Conselho Tutelar, Unimed e Apae.

“É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual”, disse a promotora de justiça Eiko Araki.

Anualmente a Campanha tem um dia Nacional de mobilização, o dia 18 de Maio. Esse dia foi escolhido porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”.

“Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade que foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune”, lembrou Glécia Ranny, coordenadora do CREAS e do PAEFI.

Durante o mês de maio várias palestras foram realizadas pela Semas em Ji-Paraná. O objetivo foi levar informações à sociedade sobre como denunciar casos de violência e exploração sexual. “Pode ter alguém sofrendo no meio de nós que não sabe que está sendo violada e achar que isso é normal. É importante identificar e denunciar”, ressaltou a professora do IFRO Letícia Pivetta.

A campanha tem como símbolo uma flor amarela, como uma lembrança dos desenhos da primeira infância. Para a coordenadora do Projeto Sonho Meu da Fundação Ji-cred, Angelita Barbosa, o símbolo associa a fragilidade de uma flor com a de uma criança, além de favorecer a didática na hora de explicar que o abuso precisa ser denunciado. “Hoje quando nossos alunos vêem uma flor amarela associa à campanha e sabem como se defender de um possível abuso”, explicou Angelita.

As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100. A ligação é gratuita e sigilosa. “Não fique calado diante de uma violência sexual contra nossas crianças e adolescentes. Faça Bonito e contribua para que seja quebrado esse ciclo de agressão”, finalizou a coordenadora do Proerd e Coronel da Polícia Militar, Elizabeth Nunes.

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