Mantega está na sede da PF em SP e deve ser levado para Curitiba

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega está detido na sede da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo. Ele foi preso temporariamente na manhã desta quinta-feira (22) durante a 34ª fase da operação Lava Jato, batizada de “operação Arquivo X”. O ex-ministro será levado ainda nesta quinta para Curitiba, sede das apurações da Lava Jato.

Mantega recebeu voz de prisão logo cedo no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde acompanhava uma cirurgia da mulher, que luta contra um câncer e foi conduzido à sede da PFem São Paulo, na zona oeste de São Paulo, por um veículo descaracterizado.

Jornalistas estavam concentrados, até 9h30, em frente ao condomínio onde Mantega mora, na Vila Madalena, também na zona oeste. O ex-ministro não foi visto no local. Ele teria saído antes em direção à PF, depois de se entregar à polícia, na porta do hospital.

De acordo com vizinhos, pela manhã, às 5h40, três homens, que seriam agentes da PF, chegaram à residência do ex-ministro da Fazenda das gestões Lula e Dilma. Funcionários do condomínio, entretanto, afirmaram que não sabiam da presença do ex-ministro no local ou de seu deslocamento para a Polícia Federal.

Acusações

Mantega é suspeito de cobrar propinas no esquema de corrupção da Petrobras. O negócio investigado é o contrato para duas plataformas de exploração de petróleo P-67 e P-70, para as camadas do pré-sal, de consórcio formado pelas empresas Mendes Junior e OSX.

A OSX, que tinha o empresário Eike Batista como presidente do Conselho de Administração, foi alvo da ação. O nome da operação, “Arquivo X”, é uma referência ao grupo do Eike, cujas empresas traziam o X nas logomarcas. Não há mandados contra o empresário

Em depoimento ao MPF, Eike declarou que, em 1º de novembro de 2012, recebeu pedido do então ministro Guido Mantega para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões ao PT. Para operacionalizar o repasse da quantia, o executivo da OSX foi procurado e firmou contrato ideologicamente falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Operação Lava Jato por disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro oriundo de crimes.

Após uma primeira tentativa frustrada de repasse em dezembro de 2012, em 19 de abril de 2013 foi realizada transferência de US$ 2.350.000,00, no exterior, entre contas de Eike Batista e dos publicitários.

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