Não adianta querer a inocência de volta, o mundo é assim.

Roberto Gutierrez – De repente é como se estivesse me afastado à distância igual a de um satélite. De lá observo manifestações – um despertar maravilhoso à liberdade de expressão. Olhando mais atentamente, só que de mais perto, percebo equívocos, desinformações, desconstruções, oportunistas, ansiedade de querer algo sem saber ao certo o que, mas, com a nítida impressão de querer mudar melhor sem entender ao certo qual o ideal.

Existe um som imperceptível que transpira como energia quântica como se quisesse dizer: Devolvam a nossa inocência!!! Os escândalos de corrupção deram o tom de realidade. Milhões de brasileiros perceberam que não existe Papai Noel na Política, nem reencarnação de Madre Tereza de Calcutá em corpo de empresário que doa dinheiro para político, nem a honestidade em extremo, pois ela é relativa quando se tem a mãe da hipocrisia que é a ‘bendita’ Lei Eleitoral como pano de fundo. Ela dá cobertura legal ao submundo do poder e da indústria do voto.

Não é tarefa fácil querer mudar a natureza humana, mas, nessa caminhada milenar melhoramos bastante.  A questão é que, milhões de Brasileiros não podem mais ter de volta a inocência. Por isso, ao iniciar a segunda infância que se aproxima à adolescência política, é preciso se informar muito e não se deixar levar por desconstruções plantadas pela maquiavelância dos dentes podres do poder. Enquanto não houver informação e politização, nos depararemos com marchas da ignorância na frustrada tentativa de acertar. Aliás, uma marcha na qual se pede a volta do regime militar deveria terminar em um bom livro de história.

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