Balança do DNIT, um serviço porco

Quem passa pelo posto da balança rodoviária a dez quilômetros de Ouro Preto do Oeste, a caminho de Ji-Paraná, já deve ter ficado muito bravo com uma fila de caminhões que se forma impedido a passagem de veículos de passeio. Isso acontece porque não houve planejamento. Aliás, a balança do DNIT foi construída praticamente junto com a pista, nos anos 80. Pasme: depois de ficar anos abandonada, só foi funcionar mesmo nesta década depois de passar por três reformas completas desde a construção. O mais incrível é que, na última reforma, sequer fizeram um acostamento espaçoso para os caminhões aguardarem na fila a hora de pesar. Assim, os caminhões ficam ocupando a BR-364 fazendo com que muita gente entre num engarrafamento inútil, desnecessário, tão estúpido quanto o imbecil que planejou essa porcaria; o governante incompetente que aceitou a obra sem sequer observar as falhas; bem como o Tribunal de Contas da União que fechou os olhos para isso; a bancada federal que ficou coçando o saco diante de algo estapafúrdio, e o próprio Ministério Público Federal, que perdeu a oportunidade de aparecer na mídia.

O mais grave é que se forma uma fila muito grande num local que é antecedido por uma curva e uma descida descomunal. Se uma carreta ou caminhão perder o freio, um acidente seria inevitável, pois ao fim da baixada estão dezenas de veículos em fila interrompendo a pista porque aguardam a vez na passagem obrigatória da balança para veículos de carga.

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