As autoridades também emitiram um mandado de prisão para o co-fundador brasileiro, Carlos Wanzeler
Cofundador da Telexfree, o americano James Merrill foi preso nesta sexta-feira (9) por agentes da Homeland Security Investigations (HSI), sob acusação de ter participado de uma grande conspiração para cometer uma das maiores fraudes eletrônicas do mundo.
Além dele, o capixaba Carlos Nataniel Wanzeler, que tinha até abril residência em Massachusetts, foi também acusado criminalmente em fórum federal por ser um dos autores do golpe que atravessou fronteiras.
Wanzeler, que também é sócio da Telexfree no Brasil, registrada pelo nome de Ympactus Comercial, também teve sua prisão decretada, mas é considerado foragido.
Se condenados, os dois empresários podem pegar 20 anos de prisão. As acusações foram feitas na Corte Distrital dos EUA, em Worcester. “O escopo dessa fraude é de tirar o fôlego. Esses réus planejaram um esquema que arrecadou centenas de milhões de dólares a partir de pessoas que trabalham duro em todo o mundo”, explica o procurador federal Carmen Ortiz, responsável por acusar criminalmente os envolvidos na pirâmide Telexfree.
O agente especial Bruce Foucart, da HSI, que investigou detalhadamente o fluxo financeiro da Telexfree, afirma que dinheiro ilícito saiu e entrou dos Estados Unidos. “Estou muito orgulhoso dos esforços incansáveis de meus agentes. Investigamos o movimento de dinheiro ilícito entre as empresas criminosas por trás da Telexfree. Esquemas de pirâmide não têm nada de novo; que esse caso venha a servir como uma lição de educação para todos. O ponto principal é claro: se parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é”, disse.
Em abril, a Telexfree nos Estados Unidos foi alvo de duas ações civis, uma federal e outra estadual, por promover uma pirâmide financeira de mais de US$ 1,2 bilhão (de quase R$ 3 bilhão”.
No Brasil, um inquérito criminal da Polícia Federal investiga os donos da empresa, mas eles ainda não foram acusados oficialmente.
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