Cassol tem muita sede de poder

 Assim como eu, muita gente deve estar se perguntando: o que aconteceu com Ivo Cassol? Ele foi eleito senador agregando grande expectativa popular, mas, passados praticamente quatro anos, Cassol tem se demostrado um zero à esquerda. Nada se ouve ou se vê sobre os feitos do senador. Para quem posava de senhor todo poderoso em Rondônia, acabou virando piada nacional. De repente, Ivo resolve candidatar a mulher dele a uma vaga ao Senado. Então eu me pergunto: (com todo respeito) a não ser a sagrada sina de acompanhar o marido, qual a experiência política de dona Ivone? A tendência natural é que Cassol seja melhor do que ela Senado. Se Cassol deixou a desejar, sequer consigo imaginar como não seria a sucessora.

Ivo teve a capacidade de dizer no Senado que para Governar Rondônia é preciso ter o DNA dele. Ora bolas, que diacho de DNA é esse que ele quis dizer? A irmãzinha caçula, Jaqueline foi diretora-geral do DETRAN-RO. Se levarmos em conta a grande experiência estadual, significa dizer que a esposa do vice-governador, dona Solange, que é diretora-geral do Detran, já está credenciada para ser governadora também? Nós sabemos que não é bem assim.

De repente me vejo nos livros de história lendo sobre feudalismo, ou no tempo das capitanias hereditárias. O comportamento do senhor Narciso Cassol não é normal.

Conforme disse o irmão do senador Cassol, o brilhante César, bem antes das convenções: “Cassol quer tudo pra ele. Não pode ser candidato neste ano, ”mas tem muita sede de poder, e quer colocar a mulher, dona Ivone, como candidata a governadora; a filha como candidata a deputada federal, uma segunda filha como candidata a deputada estadual, e eu como candidato ao senado. É muita sede de poder!”. Esse desabafo foi depois de um bate-boca ao estilo programa do Ratinho.

Isso tem um quê de humor, pois, não havendo mais vagas, o Totó e o papagaio poderiam ser candidatos a vereador na próxima eleição. (Não tem o DNA, mas, a convivência os fizeram capazes) – imagine o papagaio dizendo: “Ninguém é bão Suzinho!” ou então, “cunhado não é parente!”. “Cada um tem seu CPF!”

Ainda com a permissão do humor – Como poderia ter dito o filósofo Ivo Cassol – Temos que deixar de ser egoístas e pensarmos em nós mesmos.

Outra tirada do senador: de que a irmã dele é o Cassol de saias. Já uma biba que faz ponto na saída para Pela-Jegue disse que há controvérsias, pois, a expressão certa da frase seria o lado gay dele. Até que iria ficar jeitoso!!!

Não quero entrar no mérito se é justo ou não: mas, Cassol não pode ser candidato porque já tem sentença de condenação no Supremo Tribunal Federal. Lamentavelmente, para Rondônia, teremos que amargar ainda este ano com a cena de um senador da República sendo algemado e indo direto para a cadeia. Como disse, não quero entrar no mérito se é justo ou não. Mas isso deve acontecer nos próximos meses.

A única coisa boa nesse episódio é que o suplente Odacir Soares assumiu a vaga no Senado por conta da licença a qual pediu Cassol para pedir voto para a mulher, a irmãzinha caçula e a ex-mulher do pai dele.

Odacir não envergonhou Rondônia, foi um bom senador e saberá o que fazer enquanto estiver lá – não é peixe fora d’água.

Assim, como muita gente, confesso que eu até poderia votar no Cassol se ele fosse candidato a governador, mas, votar num parente só pra ele ficar de fora manipulando tudo, não acho certo, não acho justo, apesar da lei permitir.