Scheilla explica o “aprender mais para ensinar melhor”

Projeto quer buscar em todo o país as melhores iniciativas de ensino
e adaptá-las à realidade das escolas públicas de Rondônia
Nas reuniões de campanha, a candidata a deputada federal Scheilla Cassol (Pros – Pimenta Bueno) tem revelado dados escandalizantes sobre o caos na educação pública em Rondônia – e tem apresentado propostas firmes para reverter esta situação.
“Temos 150.000 adultos analfabetos. Entre as pessoas com mais de 25 anos, a escolaridade média não passa de 6,5 anos de estudo. São 300.000 rondonienses em idade de trabalhar excluídos da população economicamente ativa, sem condições de conquistar empregos decentes. E quem diz isso é o próprio Ministério da Educação”, afirma.
Outros dados oficiais também são de estarrecer. Em Rondônia, mais da metade dos jovens com até 19 anos largou os estudos antes de concluir o Ensino Médio. De cada 100 alunos que terminam a 5 série do Ensino Fundamental, 78 não alcançam aprendizado adequado em Português; em Matemática, 83 em 100 não dominam as quatro operações da Aritmética essencial ao fim da quinta série.
O quadro piora com o tempo: ao final do Ensino Médio, somente 14 alunos em cada 100 detêm aprendizado aceitável em Português. Em Matemática, daqueles 100, apenas seis – meia dúzia por centena – aprendem o mínimo necessário para enfrentar o Enem. Os dados são do Anuário Brasileiro da Educação Básica/MEC, edição 2012.
Scheilla ressalta que muita coisa contribui para essa calamidade, mas uma em especial é foco de sua preocupação: o fato de 60% das professoras do Ensino Fundamental não possuírem nível superior. “Se elas não tiveram como fazer isso no passado, agora nós vamos trabalhar para oferecer uma capacitação intensiva, antenada com a atualidade”, afirma a vereadora pimentense, eleita em 2012 com 800 votos.
RADAR LIGADO – Como representante de Rondônia no Congresso Nacional, Scheilla quer trazer experiências bem-sucedidas em todo o Brasil para as escolas públicas estaduais e municipais.
Ela cita o projeto Mediação Inovadora, em Goiás, que fez os estudantes pularem, em 2013, do quinto para o primeiro lugar no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Ou o exemplo da pequena Cocal dos Alves, no interior do Piauí, onde todos os alunos da escola Augustinho Brandão foram aprovados no Enem em 2010.
Scheilla ressalta as iniciativas pessoais, de professores abnegados da rede oficial, como Edeonete Bezerra e Sebastião de Lavor (P. Bueno), Ildo Mussoi e Vania Fulanetti (Ji-Paraná), Dalva de Oliveira (Buritis) e dezenas de outros que se destacam em nível nacional, mas lembra: “No passado, já tivemos alunos de Rondônia que conquistaram bolsas de iniciação científica do CNPq, como Jardel Mendonça, de Guajará-Mirim, em 2005, ou que ficaram entre os 50 melhores de todo o país nas Olimpíadas Matemáticas Brasileiras, como Walter Goltz, de Chupinguaia. Ano passado, nem uma medalha de ouro nós tivemos. Vamos recuperar o tempo perdido e dar um salto à frente na Educação”, afirma a candidata.

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