Odiário.com/Larissa Ayumi Sato – Após quase 40 dias desaparecidos, foram encontrados na quarta-feira (29) em Guajará-Mirim, em Rondônia, o copiloto de Maringá e o piloto de um avião que sumiu no aeroporto de Pontes e Lacerda, região oeste do Mato Grosso, próximo à fronteira com a Bolívia, no último dia 21 de setembro.
Segundo informações da Polícia Militar (PM), o maringaense Rodrigo Frais Agnelli, de 25 anos, e Evandro Rodrigues de Abreu, foram libertados em Santa Rosa, na Bolívia, pediram carona e foram a pé até chegar ao Brasil – uma distância de 505 quilômetros – onde entraram em contato com a PM por volta das 22h de ontem.
Conforme o delegado de Guajará-Mirim, Milton Santana da Silva, os pilotos ficaram em cativeiro durante todo esse tempo na Bolívia, até que conseguiram contato ao chegar ao município de Guayaramerín, no departamento de Beni, na Bolívia, que faz fronteira com Rondônia.
Ainda conforme a PM, por volta das 10h desta quinta-feira (30), ambos estariam em um hotel de Guajará-Mirim e aguardavam para voltar para casa.
De acordo com o empresário Fernando Rezende, que é primo de Agnelli, um avião foi até Rondônia para transportá-los até Cuiabá (MT), onde o copiloto maringaense mora. Na capital do Mato Grosso, a mãe, a esposa e os filhos aguardam a chegada de Agnelli, que deve ocorrer por volta das 13h, no horário local.
Relembre o caso
Agnelli, copiloto e o piloto do avião King Air, Abreu, foram levados juntos com a aeronave em um roubo que intriga a polícia.
Quinze minutos antes de sumir, o piloto conversou com assessores da candidata ao governo de Mato Grosso, Janete Riva (PSD), proprietária do avião, que era usado na campanha. Depois, não se teve mais notícias dos pilotos e da aeronave.
Os últimos contatos com a família foram no sábado, antes do sequestro. O copiloto mora há cerca de um ano e meio em Cuiabá, capital do Mato Grosso, para onde Agnelli mudou em busca de oportunidades de trabalho.
Há cerca de um ano, Agnelli começou a trabalhar com a família Riva. Agnelli, que chegou a se formar em Educação Física, escolheu a profissão de piloto para seguir o exemplo do irmão, que atua na área. O curso foi feito no Aeroclube de Maringá, há cerca de três anos.
COPILOTO DO AVIÃO. Rodrigo Agnelli estava desaparecido desde o último dia 21 de setembro. Família está aliviada. —FOTO: ARQUIVO PESSOAL
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