Com 12 votos contrários e seis favoráveis, foi arquivado nesta segunda-feira o parecer da Comissão Especial que pedia que fosse investigadas denuncias contra o prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif (PSB). A comissão foi criada a partir de acusações realizadas pelo articulista Carlos Caldeira, recebeu parecer favorável pela admissibilidade parcial das acusações, mas a Casa de Leis decidiu pelo arquivamento. Houve três ausências no plenário. A Câmara iria decidir se montaria uma Comissão Processante. Isso poderia resultar no afastamento prévio do prefeito. Seriam necessários 14 votos favoráveis proceder as investigações.
Comentário do editor
Não sei quanto de espaço político o prefeito Mauro teve que negociar com os vereadores, ou se teve vantagem financeira para conseguir essa vitória de 12 votos a favor. O certo é que a minoria, os seis votos contra, ficou chupando o dedo.
Também não sei se o teor da suposta improbidade administrativa é grave. Mas isso é um bom assunto para o Ministério Público e o próprio Tribunal de Contas do Estado. Esses não têm pressa. Se houver algo, uma hora aparece.
Infelizmente, um julgamento político de uma Câmara de Vereadores é algo que não se deve levar a sério quanto à boa intenção dos samaritanos. Do jeito que for o resultado sempre vai haver algum contra argumento de culpa no cartório.
Independente dos segredos que envolvem essa receita de fábrica de margarina ou de salsicha (se ver como fabrica, ninguém come mais), Porto Velho ainda saiu no lucro. Período chuvoso de volta, a cidade está uma esculhambação na maioria dos bairros, precisando de tudo, tenta imaginar um prefeito afastado, vice assumindo, mudança de secretário, de diretores, a imprensa pegando no pé… Realmente, manter Nazif no cargo, o prejuízo é bem menor para o cidadão que espera respostas rápidas para um monte de coisas que a cidade precisa. Aliás, em Porto Velho, tudo parece que pra ontem, tamanha a gravidade estrutural e de ações elementares que a cidade precisa. (Roberto Gutierrez)
Faça um comentário