Por Roberto Gutierrez – Muito silêncio, muito estranho, muito cômodo. Alguém pode ter imaginado que o atual presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Hermínio Coelho, na hora certa, abriria mão e deixaria o deputado Maurão de Carvalho como a bola da Vez para ser o sucessor à cadeira.
Tento e não consigo ver as coisas por esse prisma. Compreender um Hermínio Coelho na dele, sem mover um dedo rumo à sucessão, ou seja, à reeleição, seria como ver um senador Ivo Cassol passar despercebido em uma reunião de agricultores em Rondônia, ou de acontecer uma operação da Polícia Federal sem uma agente estonteante de bela.
Não seria impossível imaginar que Coelho poderia estar sabendo, ou ter sonhado em colaborar, de alguma forma, para que uma Operação do tipo ‘Emenda saiu pior que o Soneto’ faça uma devassa com prisões sobre alguns deputados, três ou quatro, talvez, como presente de Natal. Se isso se tornasse realidade, justificaria entender o silêncio do Hermínio que estaria como o Coelho Branco atrasado de Alice, no País das Maravilhas, correndo com o relógio na mão aguardando os acontecimentos.
Estaria ele sabendo alguma coisa? Alguém teria jogado alguma isca na mão de quem estaria investigado certas coisas? É difícil entender o silêncio de quem faz barulho até quando dorme. Portanto, Alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem comportamental como se tivesse dando corda para alguém se enforcar.
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