Após ressaltar que ajustes fiscais são comuns mesmo em economias acostumadas a planejamento de longo prazo, como a Alemanha, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) advertiu nesta quarta-feira (15) que o ajuste a ser votado pelo Congresso Nacional é necessário para evitar uma crise no país.
Ele manifestou esperança em que diferenças partidárias não venham a impedir a aprovação das medidas de que o país necessita para equilibrar suas contas. Inclusive, lembrou que o país fez vários ajustes durante a implantação do Plano Real, nos anos 1990, que ajudaram a garantir a estabilidade e os avanços sociais e econômicos dos últimos 20 anos.
A diferença, agora, segundo Acir Gurgacz, é que o país já quase não tem “gordura para queimar” e não dá para ajustar as contas mediante aumento das contribuições sociais, com o aumento da carga tributária e sua concentração nas mãos da União, como nos anos anteriores.
Em sua opinião, também o superávit primário não é mais uma estratégia eficiente para o país conter a inflação e garantir a estabilidade da moeda. Tudo isso tem que ser revisto, alertou o senador.
— O que temos que fazer agora é cortar as despesas com a máquina pública e promover alterações e correções nos programas assistenciais e sociais para garantir a sustentabilidade dos mesmos e de todo o sistema que os ampara. O corte pode chegar a R$ 70 bilhões, mas terá que ser feito. O anúncio oficial será feito pelo governo federal nos próximos dias. Precisamos abraçar este ajuste e apertar os cintos neste ano.
Agência Senado
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