Professor teria estuprado menino de 7 anos em banheiro de escola em BH

Uma febre sem motivo aparente, o choro constante e o medo diante de um professor foram alguns dos sinais que teriam chamado a atenção da mãe de um menino de 7 anos, supostamente violentado pelo educador, de 31 anos, no banheiro de uma escola estadual, no bairro Santa Helena, na região do Barreiro, no dia 29 de março.

No entanto, foi durante um banho para baixar a temperatura do corpo do filho, quatro dias após o suposto crime, que a manicure, de 28 anos, teve a confirmação de que algo realmente estava errado. O menino apresentava machucados nas nádegas.

“Meu filho é uma criança alegre, porém ele estava triste fazia alguns dias. Toda hora ele passava a mão no bumbum. No sábado, após muita insistência, eu consegui dar um banho nele e vi a bundinha dele toda machucada. Foi quando ele me falou o que o professor fez no banheiro da escola”, contou a mãe, que registrou um boletim de ocorrência na Polícia Militar.

O garoto foi levado para um hospital, onde passou por exames. “O abuso não foi confirmado, pois haviam se passado muitos dias, mas os médicos receitaram um coquetel de remédios contra doenças”, disse a mulher.

Para superar o trauma, a criança está sendo acompanhada por um profissional e já foi retirada da escola. O menino também já teria sido ouvido por psicólogos da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). Segundo a mãe, na ocasião, ele teria relatado novamente como foi o abuso. A informação não foi confirmada pela Polícia Civil.

O caso está sendo investigado pelo delegado João César Bicalho, sob sigilo. Inspetores foram enviados pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) à escola para apurar o caso.

Protesto

Nessa segunda-feira (11), a família do menino organizou uma manifestação em frente à instituição de ensino para pedir o afastamento do professor, que dá aulas para alunos do terceiro ano do ensino fundamental.

Panfletos com a foto do suspeito foram distribuídos nas casas da região relatando o caso de violência e convocando a população para o ato.

O aposentado Adão de Souza, de 64 anos, não acredita que o vizinho tenha cometido tal brutalidade. “Estou surpreso, porque ele é superbacana e trata todo mundo bem. É preciso aguardar a apuração dos fatos para julgar”, disse. O professor não foi encontrado para falar sobre o assunto.

Afastado

A diretora da escola, Maria Elisa Mendes, informou que o professor já está afastado das atividades escolares. “Ele já estava afastado por motivo de doença, e a denúncia está sendo apurada. É do nosso interesse que tudo seja resolvido”, disse.

Opiniões divididas

A denúncia de que um professor teria abusado sexualmente de uma criança provocou reações distintas nos pais dos outros estudantes da instituição de ensino, que tem cerca de 572 alunos matriculados.

“Ele é um excelente professor. Só ouço coisas boas a respeito dele. Acho que não é verdade”, opinou a mãe de uma aluna, de 38 anos, que pediu para não ser identificada.

“Isso tudo me preocupa muito, pois essa escola é referência na rede estadual. A princípio pensei que fosse um rumor. A direção da escola não fala nada sobre o assunto. Até apurarem tudo, ele não pode continuar dando aulas”, declarou outra mãe, de 29 anos, também sob anonimato.

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