ABr – O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, disse que vai entrar nesta quarta-feira, 8, com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso ao pedido de prisão contra o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) Ele chegou nesta tarde no STF e disse que pretende conversar sobre o assunto com o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na Corte.
Para o advogado, que também defende o senador Romero Jucá (PMDB-RR) no caso, manter as medidas cautelares em sigilo tem como objetivo não avisar as pessoas sobre uma eventual prisão, o que agora já não faria mais sentido, uma vez que os pedidos foram divulgados pela imprensa.
Kakay também afirmou não ver motivo para a prisão dos peemedebistas apenas com base nas gravações pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. “Já que vazou, eu vou pedir do inquérito, da delação, das gravações e ver se eu consigo cópia da cautelar. Eu não consigo crer que sejam só essas gravações o motivo de prisão”, disse.
Nesta terça, 7, veio a público a informação de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia enviado a Teori um pedido de prisão contra Sarney, Jucá e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por tentativa de obstruir as investigações da Lava Jato.
Janot também pediu a prisão do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por entender que ele continua interferindo no trabalho da Justiça e do Conselho de Ética da Casa, que analisa o pedido de cassação dele.
E tem toda razão. Quando se pede a prisão de alguém, é preciso justificar esse pedido, principalmente quando se parece estar querendo criminalizar o direito de opinião exercido tanto pelo cidadão, quanto pelo senador, que detêm milhares de votos.