Polícia Civil prende suspeitos de destruírem fazenda Bom Futuro

Cinco pessoas que estavam na invasão da fazenda Bom Futuro foram presas na segunda-feira (5), durante a deflagração da Operação Chave, pela Polícia Civil em São Miguel do Guaporé. Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo juízo da comarca. Entre os presos, está o líder da invasão, e suspeito de ser o mandante de vários crimes, além de três outros homens e uma mulher.

A operação foi coordenada pelos Delegados Júlio César, William Sanches, Silvio Hiroshi e Henrique Bittencourt, e contou com policiais civis das delegacias de São Miguel do Guaporé, Seringueiras, Alvorada do Oeste e São Francisco do Guaporé. Os Delegados informaram que mais prisões ocorrerão nos próximos dias.

A ação iniciou-se no Distrito de Santana do Guaporé, em São Miguel do Guaporé, com capturas em Alvorada do Oeste e também no assentamento de Seringueiras. Além desses, outros dois indivíduos já teriam sido autuados em flagrante dias antes. Com a primeira etapa da operação, os delegados pretendem esclarecer vários pontos da investigação.

As prisões foram decretadas com prazo de 30 dias, sendo prorrogáveis por igual período. Todos foram recolhidos à Casa de Detenção de São Miguel do Guaporé.

A ação é decorrente de invasão à fazenda Bom Futuro, em Seringueiras, ocorrida no dia 17 de julho. Segundo a polícia, um grupo de criminosos, fez o proprietário e seus funcionários de reféns e os expulsou da terra apenas com a roupa do corpo. Ato contínuo a fazenda foi ocupada por várias famílias que disseram pertencer à Liga dos Camponeses Pobres (LCP). Há alguns dias, no entanto, os invasores desocuparam a fazenda e foram realocados em outro assentamento próximo.

Com a saída dos invasores foi constatado que tudo que havia na fazenda fora destruído, casa da sede foi queimada e outras edificações. Parte do gado fora sacrificado e também morto por fome e sede; os pastos foram queimados e havia ainda trincheiras de guerra com algumas torres de vigilância no local.

Uma força-tarefa da Polícia Civil, sediada em São Miguel do Guaporé, investigava há vários dias os crimes que foram cometidos antes e durante a invasão da fazenda Bom
Futuro.

Segundo o delegado responsável, vários crimes foram cometidos, como associação criminosa, esbulho possessório, tortura, tentativa de homicídio, corrupção de menores, incêndio, dano qualificado, roubo e crimes ambientais. Várias pessoas foram identificadas como sendo os autores mediatos ou imediatos dos crimes, e com isso representou-se pela expedição de mandados de prisão ao Poder Judiciário local.

Não foram solicitados ou expedidos mandados de prisão para as pessoas que simplesmente estão acampadas, e sim para aqueles que foram identificados como suspeitos de serem líderes e ordenarem os crimes supracitados.

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