Três mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã de hoje na segunda fase da Operação Assepsia, em Ji-Paraná/RO – cidade distante 374 quilômetros da capital Porto Velho. Entre os presos estão um empresário que, segundo a Polícia Civil de Rondônia, seria funcionário fantasma da Gerência Geral de Fiscalização (GGF) da prefeitura de Ji-Paraná. Ele responderá pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e associação criminosa. Ainda, segunda as investigações, um funcionário de carreira da GGF, dava cobertura funcional maquiando procedimentos para o empresário se manter ‘fantasma’. Ele também é um dos presos na operação de hoje, que colocou atrás das grades um dentista. Segundo a Polícia Civil, o odontólogo pagava propina ao chefe da GGF e ao presidente do Sindicado de Servidores Municipais (Sindsem), como forma de poder atender a todos os filiados ao sindicato com tratamento odontológico. As prisões são temporárias.
Suspeitas
A possibilidade de o Sindicato dos Servidores Municipais de Ji-Paraná (Sindisem) ter financiado por meio de caixa Dois campanha eleitoral de vereadores, seria objeto de investigação e, segundo uma uma fonte ligada à polícia, uma terceira fase da operação não estaria descartada. As suspeitas estariam relacionadas a combustível e dinheiro para campanha.
O (ex) diretor de Arrecadação da Prefeitura de Ji-Paraná, Joseph Newton Fernandes Rabelo, que está preso em Porto Velho, é apontado pela polícia como mentor intelectual da quadrilha.
Primeira fase da operação
Na primeira fase da Operação Assepsia foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra integrantes da diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais de Ji-Paraná (Sindisem), incluindo o seu (ex) presidente, Geraldo Martins de Souza. Também fora detido o (ex) diretor de Arrecadação da Prefeitura de Ji-Paraná, Joseph Newton Fernandes Rabelo, tido pela Polícia como o líder do grupo. Todos eles, de acordo com a Polícia, integravam uma organização criminosa que teria, a partir de manobras fraudulentas e desvios de recursos, em dois anos de atuação, causado um prejuízo de R$ 500 mil ao Sindsem. Essas prisões com o proceder das investigações deram o desdobramento da segunda fase.
Faça um comentário