Rondoniense preso nos EUA num esquema milionário de lavagem de dinheiro

Renato Maia Da Silva, de 51 anos, Wesley dos Santos, de 33, e Lucas Alves, de 34, foram detidos em uma operação policial

Da redação – Notícia sobre lavagem de dinheiro nos Estados Unidos envolvendo Brasileiros revela que um deles era morador de Rondônia. O trio foi preso na última segunda-feira (28) pela polícia do condado de Burlington, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, sob acusação de lavagem de dinheiro. Segundo o Escritório do Procurador do Condado de Burlington, os três homens – teriam movimentado mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 316 milhões), além de permanecerem nos EUA de forma ilegal.

Wesley dos Santos, de 33, que está preso, era morador de Ouro Preto do Oeste/RO. Ele seria filho de um taxista e cunhado de um político com mandato em Rondônia.  Também estão detidos nos Estados Unidos Renato Maia da Silva, de 51 anos, e Lucas Alves, de 34, Eles são alvo de uma operação policial durante a qual foram apreendidos US$ 450 mil dólares (cerca de R$ 1,4 milhão), nove veículos, três motocicletas e 30 relógios de luxo. Além disso, várias contas correntes e cofres de aluguel em bancos.

A investigação, que durou mais de nove meses, começou quando agentes desconfiaram que a Consultoria MAIA descontava cheques de forma irregular. O inquérito apurou que a empresa era usada para pagar trabalhadores ilegais nos EUA, especialmente no setor da construção civil. Muitas empresas de construção da Costa Leste dos EUA estariam envolvidas no esquema.

“Este não é um crime sem vítimas. As transações financeiras ilegais aumentaram os custos de construção em nossa região, privaram o governo de impostos e colocaram trabalhadores vulneráveis em perigo”, destacou o promotor Scott Coffina.

Segundo a polícia local, Silva era o dono da Consultoria MAIA, e junto com os dois outros brasileiros abriu empresas de fachada para obter ainda mais lucro com o esquema de lavagem de dinheiro. A análise de múltiplas contas bancárias e transações financeiras teriam revelado a lavagem de mais de US$ 100 milhões de dólares através de um “elaborado e ilegal esquema de cotação de cheques”, burlando regulações trabalhistas e obrigações de seguro e de impostos. A consultoria recebia parte do dinheiro lavado.

Além de responder na Justiça americana por lavagem de dinheiro, Silva, Santos e Alves vão ter a situação imigratória analisada pelo governo, pois eram imigrantes ilegais nos Estados Unidos.

Com agências de notícia.

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