Piauí inaugura maior parque de energia solar na América Latina

São 930 mil painéis solares distribuídos em 690 mil hectares.
São 930 mil painéis solares distribuídos em 690 mil hectares.
Em meio ao semiárido quente e seco do município de Ribeira do Piauí (a 500 km de Teresina), o maior parque de energia solar em operação da América do Sul — em extensão e área ocupada — foi inaugurado nesta terça-feira (28).
A energia produzida pelas cerca de um milhão de placas solares do parque é capaz de abastecer ao ano, permanentemente, 300 mil residências. São 930 mil painéis solares distribuídos em 690 mil hectares.
A tecnologia desenvolvida pelo Parque Solar Nova Olinda entra em plena operação com capacidade de geração de 292 MW, conforme explicou o gerente do parque, Tomassio Quadrini. E isso também faz com que ele seja o que mais produz energia no território sul americano.
O investimento da Enel Green Power, companhia privada de investimentos globais, e responsável pela instalação do centro, foi de mais de 300 milhões de Dólares.
O gerente do Parque esclareceu que o empreendimento é fruto de um Leilão que foi feito em 2015. “Tínhamos que colocar em operação em dois anos e foi concluído em 14 meses. É fruto do trabalho de todos os envolvidos”, enalteceu.
Carlo Zorzoli, presidente da Enel no Brasil, explica que o custo da energia solar está diminuindo drasticamente, o que permite que se invista mais nesse tipo de produção. “Está baixando mais rapidamente. Hoje ela custa 1/4 do que custava em 2009 e é a que mais vai ter custos reduzidos com o tempo. Com isso, vai se gerando mais oportunidades como a instalação do Parque, o que implica em mais emprego e mais renda”, destacou.
Ele destacou que o Nova Olinda é um marco para grupo Enel Brasil e para energia solar no Brasil. “O sol está ajudando a transformar parte do sertão em um verdadeiro mar de painéis solares”.
Força de trabalho
Atualmente trabalham no Parque, cerca de 1.700 pessoas, da área administrativa ao trabalho de campo. A maioria é de outros Estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Há em minoria estrangeiros, como italianos. Do total, diariamente, entre 40 a 50 pessoas fazem a manutenção de operação das placas.
Quanto a mão de obra local, o gestor global da empresa, Antônio Cammisecra, conta que são cerca de 50, mas que a tendência é que esse número se expanda com o tempo porque é prática do grupo investir na capacitação de mão de obra local.
“Queremos fazer aqui (no Piauí) uma nova usina maior e mais tecnológica”, disse Cammisecra e não quis informar detalhes de quando e onde seria construída.
Com informações da cidade Verde

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