Vírus da ‘caganeira’ ataca em Rondônia  

Roberto Gutierrez – Uma virose diferente está atacando na região Central de Rondônia. O principal sintoma dela é uma diarreia persistente, além de mal-estar, dores nas costas, cabeça e a pele fica sensível ao toque. A diarreia diminui já no segundo dia.  Em alguns casos causa dor de cabeça pode ser mais forte. Os primeiros casos foram verificados há pelo menos três meses em Ouro Preto do Oeste e Ji-Paraná.
Dezenas de pessoas estão procurando os hospitais com esses sintomas e não existe uma explicação especifica para tal acometimento. O tratamento é sintomático e o próprio organismo acaba vencendo a guerra contra o vírus.
Que vírus é esse? 
Alguns médicos ouvidos por nossa reportagem disseram que poderia ser o rotavírus, mas, nesse caso, o vírus é transmitido pela rota fecal-oral. Ou seja, o indivíduo tem que se contaminar com fezes via oral. A Folha então perguntou se um exército de pessoas resolveu provar da própria produção fecal? O médico riu e disse que a contaminação tem a ver com falta de cuidados e falta de higiene. O rotavírus, que ataca mais crianças, segundo a própria literatura médica, não explica os outros sintomas como dor de cabeça, dor no corpo, pele sensível e dor nas costas. Então rotavírus estaria descartado.
Folha de Rondônia News não conseguiu uma explicação específica para essa disenteria com sintomas adversos, que está sendo chamada apenas de virose – a Virose da Caganeira.
A boa notícia é que o auge dela dura no máximo três dias e os espasmos de dor de barriga vão diminuindo já no segundo dia. O tratamento da dor de cabeça é à base de dipirona e a ingestão de muito líquido é indicado para hidratar o organismo. As dores no corpo praticamente desaparecem no terceiro dia.
Sem saber que tipo de doença está sendo vítima, centenas de pessoas estão procurando os hospitais e não encontram uma resposta clara. Boa parte dos acometidos é de crianças e adolescentes. A falta de pediatras em plantões à noite nas redes públicas de saúde, somado à fila que se forma de pessoas à espera por um atendimento, tem provocado críticas. A maioria dos atendimentos é feita por clínico geral.

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