Ludmila Lucas – -Na abertura dos trabalhos na Comissão de Infraestrutura, nesta terça-feira (19/02), o senador Marcos Rogério (DEM-RO) manifestou misto de satisfação e pesar. Satisfação pela renovação no Parlamento, e pesar pelos recentes desastres ambientais. Presidente da comissão, Marcos Rogério lembrou dos acidentes com barragens nas cidades de Brumadinho e Mariana, ambas em Minas Gerais.
“As perdas em Mariana e Brumadinho são colossais, a dor é grande demais e a reparação é insuficiente. Não há dinheiro que traga de volta quem se foi; não há pagamento que alivie a dor de quem perdeu um ente querido; não há indenização que apague o trauma da memória dos sobreviventes”, apontou o senador.
Marcos Rogério propôs à comissão um trabalho mais fiscalizador para evitar novos acidentes ambientais. “Eu conclamo às Vossas Excelências à nos debruçarmos sobre o problema das barragens no Brasil, em especial sobre o que aconteceu em Brumadinho, de forma que possamos evitar que catástrofes como essa se repitam”, apontou.
O colegiado aprovou requerimento para convite ao ministro da Infraestrutura,Tarcísio de Freitas, além de representantes da ANTT, Vale e Valec, para prestar esclarecimentos à comissão. Também foram aprovados requerimentos para realização de duas audiências públicas, uma delas para discutir as Políticas Públicas necessárias para a atuação da garimpagem, Micro e Pequena Mineração no país, e a segunda para discutir a Ferrovia de Integração Centro Oeste – FICO.
A próxima reunião será realizada na próxima terça-feira (26), e deve discutir dois projetos de lei. O primeiro deles é o PL 712/18, que estimula o uso de fontes renováveis na matriz energética. O segundo é o PL 67/2018, que tem por objetivo incluir no Plano Nacional de Viação a rodovia TransCarajás, que representa importante eixo rodoviário estruturante entre a rodovia BR-153, na região de Araguaína, no Estado do Tocantins.
Não há indenização que apague o trauma da memória dos sobreviventes.
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