Produtores, pesquisadores, extensionistas rurais e prefeitos de áreas produtoras de cacau em Rondônia, Bahia, Pará e Espírito Santo se reuniram nesta terça-feira, 01, com o senador Acir Gurgacz (PDT/RO), para discutir o futuro da produção de cacau no Brasil. Eles reivindicam a aprovação de uma política nacional para o cacau, o PL 4107/2019, e o fortalecimento da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) como órgão de pesquisa e extensão do setor.
O senador Acir Gurgacz, que sempre apoiou os produtores de cacau, e é o relator do PL 4107/2019, se comprometeu em apresentar seu parecer favorável ao projeto na próxima sessão da Comissão de Agricultura do Senado, prevista para esta quarta-feira, 02. O senador também vai apresentar um requerimento para realização uma audiência pública para debater com o governo e a sociedade o futuro da CEPLAC, prevista para o dia 17 de outubro.
“A produção de cacau é importante para a agricultura familiar, para a geração de empregos no campo e na cidade, e precisa ser fortalecida com mais pesquisas, mais extensão e mais crédito para os produtores”, frisou Gurgacz.
Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastacimento (MAPA) indicam que foram produzidas no país em 2018, cerca de 180 mil toneladas de cacau, numa área plantada de 745 mil hectares. Essa produção movimentou cerca de R$ 14 bilhões no ano passado, gerando 4,5 mil empregos diretos nas fábricas envolvendo mais de 20 mil famílias no campor.
O Brasil já foi o maior produtor de cacau do mundo e perdeu a liderança por conta de uma praga conhecida como vassoura de bruxa, que dizimou os cacaueiros na década de 1980.
Segundo Acir, a retomada da produção e da qualidade do cacau brasileiro é o principal objetivo do Projeto de Lei nº 4107/19. A proposto contempla entre outras coisas a sustentabilidade econômica, social e ambiental do cacau, garantindo que o produtor tenha acesso a todas as linhas de crédito. O texto do projeto ainda estabelece características físicas, químicas e sensoriais do cacau, em conformidade com processos de análise e certificação reconhecidos pelo poder público, devem ser observadas para que se considere a categoria superior desse produto.
Outro PL que também será votado amanhã, refere-se ao PLC 61/13 que estabelece a criação de dois selos verdes, o cacau cabruca e Cacau da Amazônia, para atestar o manejo sustentável do produto.
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