Médica voluntária da vacina de Oxford contra a Covid-19 em SP se diz confiante

vacina de Oxford contra a Covid-19

A vacina contra o novo coronavírus é segura e consegue treinar o sistema imunológico humano para produzir anticorpos contra o Sars-CoV-2.

Uma das profissionais da saúde que se voluntariaram para os testes da vacina da Universidade de Oxford para a Covid-19 contou como foi a experiência. Em entrevista ao G1, a pediatra de 34 anos afirmou que considera um privilégio participar do estudo e acredita estar vivendo um “momento histórico”.

“Eu fico contente, porque é uma coisa histórica que vai ficar aí para sempre, que vai ser contado para os filhos, para os netos. Enfim, eu acho que é um privilégio poder participar. Estou bem contente de poder participar, de trabalhar na linha de frente, de poder contar minha história mais para frente”, disse a médica ao G1 que aguarda posicionamento da Unifesp sobre sigilo ou não de voluntários para poder se identificar.

De acordo com a médica, mesmo a vacina estando em fase de testes, ela se diz confiante, pois alguns colegas que foram submetidos ao teste não apresentaram muitos efeitos colaterais.

“Eu estou tranquila, alguns colegas meus já tomaram, também desse hospital que eu trabalho. Um teve um pouquinho de reação, febre, dor no corpo, mas é esperado em qualquer vacina e e os outros dois não sentiram nada, então, eu estou, na verdade, esperançosa. Eu confio na Unifesp, eu confio em Oxford, então, eu acho que estou indo bem tranquila”, disse ao G1.

Estudos preliminares apontam eficácia da vacina

Na segunda-feira (20), um estudo sobre a vacina de Oxford foi divulgado pela revista científica The Lancet, baseado em testes com 1.077 voluntários realizados entre 23 de abril e 21 de maio, no Reino Unido.

Conforme os pesquisadores, a vacina contra o novo coronavírus é segura e consegue treinar o sistema imunológico humano para produzir anticorpos contra o Sars-CoV-2.

A vacina é uma das mais promissoras para combater o novo coronavírus e está na terceira e última fase de estudos clínicos, quando é avaliada sua eficácia para imunizar seres humanos. Essa etapa acontece simultaneamente no Reino Unido, no Brasil e na África do Sul.

Os resultados da pesquisa divulgada pela Lancet se referem à primeira e à segunda fase dos estudos clínicos, quando foram analisadas, respectivamente, a segurança da vacina – como possíveis efeitos colaterais – e a capacidade de produzir uma reação do sistema imunológico.

A vacina ChAdOx1 nCoV-19 utiliza um adenovírus de chimpanzés para apresentar a proteína spike ao sistema imunológico. Na última etapa dos estudos clínicos, os voluntários serão acompanhados por 12 meses, até junho do ano que vem.

No entanto, a multinacional AstraZeneca, responsável pela fabricação do medicamento em nível mundial, espera ter resultados confiáveis em setembro. A empresa já iniciou a produção da vacina e planeja começar sua distribuição ainda em 2020, caso os resultados da terceira fase dos estudos clínicos sejam positivos.

1 Comentário

  1. Tenho fe em Deus que essa milagrosa vacina vai ser descoberta no Brasil. Estamos no caminho certo conforme relata a medica. Vai ser uma explosao se a descoberta for por parte do nosso Brasil. Se Deus quiser Deus

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