A personagem que se tornou parte da história de muita gente nos últimos 35 anos em Ji-Paraná, é Adélia Rosa Gomes, a Dona Adélia da pastelaria.
Da redação
Roberto Gutierrez
Morreu ontem aos 69 anos de idade vítima de complicações da Covid-19 Adélia Rosa Gomes, a Dona Adélia, que durante três décadas teve uma pastelaria na avenida Seis de Maio em Ji-Paraná/RO.
Os últimos dias de agonia para dona Adélia foram divididos entre o Hospital Municipal de Ji-Paraná e a UTI do Hospital AME, em Porto Velho.
O drama começou quando o marido dela, Seu Daniel Dias Gomes contraiu o vírus da Covid-19. Há muitos anos ele vendia pastel na calçada aos fundos do Banco do Brasil, na Marechal Rondon/Centro.
Dona Adélia ainda cuidou do marido, que foi levado para o Hospital Municipal. Não demorou muito foi Dona Adélia quem sentiu os fortes sintomas da doença e foi parar no HM. Quatro dias após a alta do seu Daniel, dona Adélia era entubada no Hospital AME em Porto Velho.
Diabética, hipertensa e com problemas circulatórios, o vírus atacou em várias frentes: pneumonia, paralisia dos rins, baixa capacidade pulmonar, risco iminente de trombose. Às seis horas do amanhecer de ontem (28-03) dona Adélia não resiste e morre. O enterro dela aconteceu hoje pela manhã em Ji-Paraná. Ela deixa o marido de 79 que se recupera das sequelas da covid, dois filhos, Cristiano e Joice, além de cinco netos.
Os pastéis da Dona Adélia
É difícil encontrar algum adolescente do fim dos anos 80, 90 até 2015, ou profissional liberal morador do primeiro Distrito de Ji-Paraná, em especial, morador do Centro ou do bairro Urupá, que não tenha saboreado um pastel da Dona Adélia. Aliás, foi a pastelaria dela a pioneira da Avenida Seis de Maio que, muitos anos depois, se tornou uma das vias gastronômicas mais importantes da segunda maior cidade de Rondônia.
Essa mulher de fala mansa e muito bondosa parou com pastelaria Cantinho do Pastel há pelo menos cinco anos por problemas de saúde. Chegou a fazer um tratamento de vista no Paraná, conforme contou a amiga e ex-funcionária da pastelaria Glacineia Magri. “Ela tinha um problema na vista e teve que tomar injeções nos olhos”, comentou.
Quando chegou a Rondônia em 1985 vinda de Quatá, interior de São Paulo, Adélia e o Marido ficaram em Jaru, na zona Rural. Ela pegou uma lavou de cacau para cuidar, foi de onde conseguiu dinheiro para se mudar para Ji-Paraná, cidade na qual montou uma pastelaria ao lado onde hoje funciona o Cine Milani. O marido vendia pastel em frente à antiga Caixa Econômica e depois se mudou para os fundos do Banco do Brasil.
Vai deixar muita saudade, grande mulher
Digo, enlutados. Perdão.
Uma amizade que brotou através das nossas filhas (Debinha e Joyce) em momentos de traquinagem, de apoio solidário, compreensão. Acompanhei seu sucesso como empresária gastronômica no “cantinho do pastel” da D. Adélia. Agora, ela se encontra no “cantinho do céu “. Descanse em paz. Suplico o consolo de DEUS aos enlatados.
Muito triste,é minha tia,irmã da minha mãe.
Fui vizinho dela na 6 de maio, me lembro quando começaram, primeiramente o seu Daniel no centro, logo depois ela abriu a pastelaria, nossa comi muito pastel… Saudades D. Adelia!!!
Vai deixar muitas saudades; um momento difícil, só Deus pra confortar os corações enlutados
Pra mim foi um privilégio trabalha e conhece a dona Adélia. Ñ só ela mas mas toda a família faz parte da minha vida…
Muitas vezes ela foi mãe e amiga
Ñ tenho palavras pra expressar a minha tristeza…
estava fazendo planos de vela
Uma grande mulher guerreira e muito querida vai deixar imensas saudades mas muitas lembranças lindas que Deus conforte a família