Araújo saiu do governo sob muitas críticas acusado de atrapalhar o relacionamento com países-chave, como China e Estados Unidos.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai enfrentar, a partir desta terça-feira, 18, a fase mais dura até agora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que interroga, nesta semana, dois ex-ministros que saíram do governo sob ataque: Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Eduardo Pazuello (Saúde). Bolsonaro está preocupado com o teor dos dois depoimentos, que podem atingir sua gestão no combate da pandemia de Covid-19.
O primeiro a ser ouvido, hoje, será o ex-chanceler Ernesto Araújo, que deixou o Itamaraty “atirando” no Senado. Demitido em março e abandonado pela articulação política do governo, ele acusou o núcleo do Palácio do Planalto – influenciado por militares e congressistas – de ter perdido “a alma e o ideal”. Até aqui, Araújo poupou Bolsonaro e recebeu manifestações de apoio do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente com quem fazia dobradinha na política externa.
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