Nunca foi tão difícil eleger um deputado federal – coluna do Gutierrez

Rondônia caminha para ter no máximo quatro nominatas capazes de eleger deputado federal.  O resto vai morrer na praia.

Roberto Gutierrez/ Opinião – O fato de o Senado ter retirado o direito dos partidos fazerem coligação para as eleições proporcionais na proposta da nova lei eleitoral, ou seja, partidos não podem se unir para deputados ou vereadores, torna a vida dos atuais deputados e dos pretendentes a uma vaga, muito mais difícil se eleger.

Nenhum dos partidos políticos em Rondônia têm condições de sozinhos elegerem mais do que um deputado federal. Aliás, a maioria não consegue eleger ninguém com a proibição de coligações.

A sorte dos atuais deputados é que a legislação permite uma nova filiação partidária seis meses antes das eleições. Essa prerrogativa, somada à possibilidade de uma janela que permita a mudança de partido sem que o deputado perca o mandato é o caminho para os deputados federais conseguirem montar uma lista de candidatos em condições de eleger, quem sabem, mais de um ou quem sabe até três deputados (o que seria o máximo).

Desmantelamento partidário pela sobrevivência em nome da sobrevivência.

Significa dizer que, para as eleições de 2022 em Rondônia, são os deputados federais e até mesmo os estaduais quem vão ditar as regras para a formação de grupos, influenciando, inclusive, quem será ou não candidato a governador e senador.

Por conta dessas peculiaridades Rondônia caminha para ter no máximo quatro nominatas capazes de eleger deputado federal. O desafio está sendo montar estas nominatas que, certamente vai representar o desmantelamento do muitos partidos. O resto vai morrer na praia.

 

CURIOSIDADE

Ainda há pouco, o meu amigo Renato Veloso me fez lembrar sobre um episódio incrível que aconteceu nas eleições de 1990 em Rondônia. Naquele ano apenas uma coligação conseguiu eleger os oito deputados federais. Foi nesta eleição que Edison Fidelis tornou-se o mais votado em Rondônia. Além dele foram eleitos, Nobel Moura, Jabes Rabelo, Carlinhos Camurça, Reditário Cassol, Raquel Cândido, Maurício Calixto e Pascoal Novaes.

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