Em discurso enfático, Confúcio Moura cobra do MEC urgência na implantação do hospital universitário em Rondônia

O parlamentar voltou a reivindicar a ampliação do número de vagas no curso de medicina na UNIR de Porto Velho e a implantação do curso de medicina no campus em Ariquemes

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Durante a sessão legislativa do Senado Federal, desta quinta-feira (31), o senador Confúcio Moura (MDB-RO) utilizou a Tribuna da Casa em um discurso incisivo e cobrou do Ministério da Educação e Cultura (MEC) a implantação do Hospital Universitário da Universidade Federal de Rondônia (Unir), a ampliação do número de vagas para o curso de medicina e ainda a criação do curso de medicina na cidade de Ariquemes.

O parlamentar ressaltou que Universidades Federais do Norte, principalmente as Universidades de Rondônia, Acre, Amapá e Roraima, são as menores universidades do Brasil, e, segundo ele, por isso mesmo, padecem historicamente da falta de investimentos, e mal conseguem manter suas estruturas funcionando ao longo do ano.

Confúcio Moura lamentou a ausência do Hospital Universitário em Rondônia. “Se a gente observar, por exemplo, um hospital universitário para treinamento dos alunos de medicina, de enfermagem, de fisioterapia, de nutrição e outras áreas, não temos em Rondônia. Ao olhar o Brasil inteiro, inclusive no Acre, em Roraima e Amapá, todos os estados já têm um hospital universitário”, afirmou.

O Ministro da Educação, Camilo Santana, de acordo com o senador, deposita muita esperança, porque foi o governador do Ceará devotado à educação básica e ao ensino profissional de qualidade. “Prova disso é que, em 25 anos de trabalho duro dos governadores do Estado, o Ceará hoje, é realmente um estado exemplar na área da educação. Estou falando, gente, de uma única universidade pública existente em Rondônia, que é destituída dos meios suficientes para prover o que é necessário para os alunos e para o seu corpo docente”, enfatizou o senador.

Segundo Confúcio Moura, quando foi deputado federal, ajudou a abrir 50 vagas para o curso de medicina na Unir. No entanto, em mais de 20 anos persistem as mesmas 50 vagas na capital e que é de extrema necessidade ampliá-las. “Nós precisamos aumentar para 100 vagas em Porto Velho e 50 vagas novas no campus de Ariquemes”, explicou.

Confúcio Moura enfatizou que o seu pedido é de extrema relevância  e que representa muito para o estado de Rondônia que tem pouco. “Queremos o hospital universitário em Porto Velho, mais vagas para o curso de Medicina e que destas, pelo menos 75 jovens sejam contemplados pela Lei de Cotas. Isso é política inclusiva!” informou.

O senador fez uma retrospectiva e lembrou que na década de 80 ele era Secretário de Estado de Saúde de Rondônia e, por meio de uma parceria com o Instituto Pasteur, na França, e também com a Universidade de São Paulo, a USP, foi montada uma estrutura de pesquisa científica em Rondônia, liderada pelo Dr. Hildebrando, por Marcos Boulos e por outros notórios pesquisadores da USP. “Até hoje, a 50 quilômetros da minha cidade, tem um campus avançado da USP para pesquisa científica, levado com o meu apoio e pela qual eu prezo muito”, disse.

Agora precisamos, Exmo. Ministro Camilo Santana, e não é Confúcio apenas quem está falando aqui, é o Estado de Rondônia. Chega de omissão! E não falo de v. exa. que entrou tem seis, sete meses. Falo da omissão  histórica e do menosprezo do Ministério da Educação com as pequenas universidades do Norte do Brasil. É lá que se concentra a desigualdade abissal em relação ao restante do país. Os indicadores da Amazônia são os piores do Brasil. Então, para fazer justiça equitativa, nós precisamos dar mais a quem tem menos. E isso é justiça!”, concluiu o senador.

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