Confúcio pede mais investimentos na educação profissionalizante e hospital universitário em Rondônia

Confúcio pede mais investimentos na educação profissionalizante e hospital universitário em Rondônia

Em discurso no Senado, o parlamentar reforça os pedidos que tem feito junto aos ministérios e à Casa Civil.

Em pronunciamento nesta segunda-feira (25), no Plenário da Câmara Alta, o senador Confúcio Moura disse que tem trabalhado no mandato, nestes quatro anos e meio, tendo a educação como prioridade. Segundo ele, é um tema indispensável para o desenvolvimento do país. O parlamentar também falou sobre Inovação tecnológica, após entregar equipamentos de informática para  escolas de 23 municípios do estado de Rondônia. Para ele, o hospital universitário é uma necessidade para que a Universidade Federal de Rondônia – UNIR se consolide como instituição de ensino superior completa.

De acordo com o senador, o tema educação é muito complexo, porque a sua engenharia institucional envolve as três esferas administrativas. Os municípios, grandes ou pequenos, cuidam das creches, da alfabetização e do  ensino fundamental. Já o ensino médio, é de competência do estado. “O estado é que recebe o menino que veio da rede municipal. Mas, quando chega ao ensino médio, na faixa de idade entre 13 e 17 anos, há uma desistência enorme, a chamada evasão escolar”, lamentou.

Para Confúcio Moura há uma necessidade grande no Brasil da formação de mão de obra qualificada, no ensino médio, que, para ele é a salvação nacional. “É preciso cuidar desses jovens, oferecendo todos os meios para que eles não desistam da escola e se formem técnicos das mais diversas áreas. Quem tem um curso técnico bem-feito tem emprego! Depois, ele faz o ensino superior do seu interesse, da forma e no tempo que quiser”, sublinhou.

Hospital Universitário

A respeito da Universidade da Federal de Rondônia (Unir) que possui apenas 50 vagas para o curso de medicina, o parlamentar lamentou a falta do hospital universitário na sua estrutura acadêmica. “É injustificável ter uma universidade pública há 20 anos que recebe os alunos gratuitamente com a lei de cotas. A lei de cotas é o seguinte: tem 50% de vagas para egressos das escolas públicas, negros, índios e quilombolas. Isso é muito importante. Mas, a formação só é completa se reunir teoria e prática. O hospital universitário, além de completar a formação acadêmica, atende a população. Todos ganham com isso!”, alertou Confúcio Moura.

Visita ao Estado

Confúcio Moura, que é presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado e vice-líder do Governo na Casa, nesse último fim de semana participou, em Ji-Paraná, da entrega de equipamentos de informática para escolas de 23 municípios de Rondônia. “Em parceira com o Instituto federal de Rondônia (Ifro), estamos equipando, colocando equipamentos de tecnologia da informação diversos para os alunos de 23 municípios. Foi uma festa bonita, com 14 prefeitos presentes. Todos levaram os seus caminhões à Ji-Paraná, encheram de equipamento e levaram para os seus municípios”, disse

O Instituto Federal da Educação (Ifro), na proposta do senador Confúcio Moura, irá treinar professores das escolas beneficiadas por três anos seguidos, para que eles façam bom uso dos equipamentos. “Essa é a nossa contribuição para levar tecnologia para as escolas públicas de ensino fundamental do estado. No mundo de hoje, escolas sem tecnologias não cumprem os seus papéis”, explicou o senador.

Atendimento aos Indígenas

O senador destacou outra ação do seu mandato voltado para as causas indígenas. Segundo ele, há uma assessora dele (Alessandra Aires) que trabalha na beira dos rios atendendo e levando apoio aos ribeirinhos, quilombolas, extrativistas e povos originários. “Às vezes, a comunidade indígena está ali, não tem água em condição de uso. Então, estamos colocando estações de água para essas comunidades. E fazemos isso interagindo diretamente com as comunidades, in loco. Esse é o papel da nossa assessoria na região”, enfatizou o senador.

Confúcio Moura destacou ainda  a integração das comunidades da floresta por meio da tecnologia.  “Levamos uma rede, que eu chamei Sou Conectado, numa extensão de 300 quilômetros, tudo com recursos de emendas nossas, levando internet para toda essa população. E quando não é possível levar rede de fibra ótica, nós aderimos ao programa da Telebras, que é chamado Gesac, que é uma antena colocada em uma unidade de saúde ou em uma escola e  recebe, via satélite,  internet de excelente qualidade. Com um pequeno equipamento, é possível ampliar para as casas do entorno também. É muito bonito isso!”, informou.

Habitação Popular em Ji-Paraná

O senador rondoniense enfatizou tratou sobre as moradias populares do município de Ji-Paraná, que estão paralisadas há anos.  “Na época em que eu fui governador, nós construímos vários conjuntos habitacionais e ficou um deles, chamado Morar Melhor, com 1.440 apartamentos, que até hoje está sem entregar. Nós precisamos terminar. Já tem seis anos que essa obra está parada. Eu vou até o Ministério das Cidades para ver se aceleram a entrega. É uma obra maravilhosa que está pronta. É um conjunto grande. Nós fizemos vários conjuntos iguais no estado”, disse.

Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis

No município de Ji-Paraná, o senador disse ainda que visitou uma cooperativa de catadores e recicladores de lixo. “É impressionante a organização deles. Um pessoal pobre, que ganha em torno de 1 salário mínimo por mês, que faz um trabalho de reciclagem impressionante na cidade de Ji-Paraná. Eles cresceram tanto que já estão fazendo reciclagem em outros municípios. Eu não conhecia, fui levado pelo vereador Bruno, da cidade de Ji-Paraná.  Fiquei realmente muito entusiasmado e vou continuar ajudando aquela cooperativa de catadores”, anunciou.

Cacoal

Seguindo a sua agenda, Confúcio Moura disse que foi recebido na cidade de Cacoal pelo prefeito muito dinâmico, Adaílton Fúria. “Ele fez uma festa bonita para a gente assinar a ordem de serviço na cidade. Cacoal é um polo de desenvolvimento no estado, com gastronomia rica e de qualidade, efervescência acadêmica e medicina avançada. Vamos ouvir falar muito desta cidade”,  chamou a atenção.

CAPES

Dando prosseguimento à agenda, Confúcio Moura disse que no domingo, em Porto Velho, encontrou com professores da Universidade de Rondônia que estão labutando por cursos de doutorado e mestrado indeferidos pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em Brasília. “Todos estão desmotivados. Então, como é que nós vamos transformar a Amazônia, melhorá-la, se não tivermos as oportunidades para que os nossos professores, doutores, nossos jovens possam fazer seus mestrados, doutorados, pós-doutorados que eles necessitam fazer? ”, questionou o senador.

Confúcio Moura informou a eles que irá trabalhar junto à Capes para que sejam liberados os cursos solicitados e outros  “É o princípio da equidade: dar mais para quem tem menos. Nós somos menos, logo precisamos de mais. E não dá para a gente comparar, não querendo tirar nada de São Paulo, do Sudeste brasileiro. Fiquem lá com os seus doutores, com as suas universidades e com as suas estruturas, com os seus hospitais universitários, com tudo, mas não deixem a gente do Norte tão desguarnecidos, desamparados, principalmente no quesito das nossas universidades e institutos federais de educação”, pontuou o senador.

Liberação de Recursos

Ao finalizar, Confúcio Moura, ressaltou que tem recebido de vários prefeitos a informação que há demora na liberação dos recursos. “Ocorre o Empenho, dão a Ordem de Serviço, a empresa começa a trabalhar e não chega o dinheiro. A empresa desanima, termina parando a obra. Essa é a razão que produz as obras inacabadas no Brasil. Dão um sinal para o Prefeito, como se fosse para enganar bobo. O Prefeito fica animado, faz a licitação, dá a ordem de serviço para o empresário, que em geral é pequeno. Depois. não chega a outra parte do dinheiro. Passam-se meses nessa situação, o empresário não aguenta e abandona a obra. Isso é muito ruim para o desenvolvimento, para a gestão, para a população e para os cofres públicos”, lamentou Confúcio Moura .

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