O projeto de Lei é uma iniciativa da deputada Cláudia de Jesus e foi aprovado por unanimidade dos 24 deputados estaduais de Rondônia.
O calendário estadual de eventos terá alteração, depois que for sancionado pelo governo o Projeto de Lei (n.111/23) de autoria da deputada estadual Cláudia de Jesus (PT), que foi aprovado pela Assembleia Legislativa durante sessão plenária da última terça-feira, 11. O texto institui a data de 25 de março, como dia estadual pelo fim do feminicídio e designa a inflorescência do girassol (helianthus annuus), como símbolo de enfrentamento da violência e assassinato de mulheres.
“Educação, conscientização, justiça e políticas públicas mais eficientes são os caminhos para frear todas as formas de violência contra as mulheres. A sociedade precisa se mobilizar pela proteção das vítimas. A lei que aprovamos é mais uma medida de enfrentamento, promoção social e de preservação da vida”, declarou a deputada.
O PL tramitou durante oito meses pelas Comissões de Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, Defesa Dos Direitos da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, Comissão de Finanças e Economia, Tributação, Orçamento e Organização Administrativa. E contou com relatoria dos deputados Delegado Lucas, Ieda Chaves e Ezequiel Neiva.
Os crimes contra mulheres aumentaram nos últimos anos em Rondônia. Segundo dados do Monitor da Violência, elaborado pelo G1 com base em informações oficiais dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, o estado de Rondônia registrou um aumento de 75% nos casos de feminicídio em 2022, em comparação com o ano anterior. A taxa de feminicídio em Rondônia é de 3,1 para cada 100 mil mulheres.
O QUE MUDA
A lei cria mecanismos de prevenção em defesa da vida das mulheres. Durante a semana do dia 25 de março, o estado deverá promover ações de conscientização e formulação de políticas concretas. Entre as atividades previstas estão campanhas de sensibilização, divulgação de boas práticas que promovam o respeito à vida das mulheres e orientação às vítimas de violência doméstica para que busquem apoio junto aos órgãos públicos competentes.
Também deverá ser implementado políticas de suporte às crianças e adolescentes oriundos de famílias afetadas pelo feminicídio. Será feito monitoramento rigoroso do processo judicial envolvendo os responsáveis por tais crimes. A lei aprovada e elaborada pela deputada somará às iniciativas de outros estados brasileiros, fortalecendo a luta contra a violência de gênero em todo o país. (Cristiane Abreu e Francisco Costa )
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