Dupla armada mata Pedro André na Bolívia quando dormia

Pedro André, bem humorado em uma pescaria, ensaiando pitar um cigarro de palha.

Com exclusividade a Folha de Rondônia News traz detalhes de como foi o assassinato de Pedro André, que morreu aos 60 anos  com planos de fazer um loteamento em Ji-Paraná.

Roberto Gutierrez – Morreu aos 60 anos de idade, na madrugada de hoje o empresário e pecuarista  Pedro André de Souza. Ele foi vitima de uma dupla de pistoleiros que disparou mais de 20 tiros contra ele quando estava dormindo. Pedro André estava em uma fazenda dele na zona rural de Beni, um dos nove departamentos da Bolívia, na região de Guayaramerin.

O Crime

Uma fonte revelou que Pedro André estava dormindo na parte de baixo da casa de dois andares que havia construído na fazenda. Que duas pessoas invadiram o quarto, que deram mais de 20 disparos contra o empresário. Um dos tiros teria passado de raspão em uma pessoa que estava com ele na cama. Que essa mulher conseguiu sair da cama e caiu ao chão, que a dupla fugiu, que Pedro André ainda teve forças para sair da cama em direção ao banheiro, que ainda teria dito em tom agonizante, que iria morrer.

A dupla assassina pegou a motocicleta da fazenda e foi até próximo à porteira, que lá cortaram todos os cabos do sistema de comunicação star link, pularam a porteira e foram embora. Não se sabe se do outro lado da porteira havia algum veículo para assegurar a fuga.

Autópsia

Uma fonte teria revelado que o corpo de Pedro André seria levado para Guajará-Mirim ou Guayaramerin, Bolívia, para que fosse submetido a uma autópsia.

Também não há informação se o corpo de Pedro André será sepultado em Vilhena, onde tinha família, ou em Ji-Paraná, cidade onde passou maior parte de sua vida.

Pedro André tinha três filhos, Nayara, casada e mora em Manaus, André, que é empresário em Ji-Paraná, e Maria,  de seis anos que mora em Vilhena.

Pedro tinha planos para Ji-Paraná

A menos de 30 dias Pedro André esteve em Ji-Paraná e estava cheio de Planos. Estava dando entrada na documentação de uma área para fazer um loteamento de 700 terrenos próximo à Unijipa. Uma parceria que faria com Assis Canuto, conforme informou o médico João Durval, que havia hospedado Pedro em sua casa durante a estada dele me Ji-Paraná.

Jeová Pereira, dono do Riaad, comida Árabe de Ji-Paraná, conta que João Durval e Pedro André estiveram no restaurante à noite. Que Pedro estava muito contente e que também havia revelado seu projeto que realizaria em Ji-Paraná.

Uma trajetória de sucesso e recomeços

Pedro André de Souza chegou ainda criança com os pais à Vila de Rondônia, hoje Ji-Paraná. Trabalhou de engraxate. Ainda na adolescência, conseguiu uma oportunidade para ser entregador do jornal. Foi no jornal A Palavra, do saudoso ‘comunista’ acreano Dionísio Xavier Silveira, o velho Dió, cuja redação iniciou ainda no Bairro Casa Preta, que Pedro André tomou gosto por Gráfica. Trabalhou como gráfico muito tempo até que montou a própria gráfica nos anos 80. Pouco tempo depois montou uma empresa de terraplenagem, a Guiso, Em 1999 ele acabou criando a Folha de Rondônia, cuja marca registrada ganhou do João Vilhena, hoje com 92 anos. Foi nessa época, já no início dos anos 2000, que se elegeu vereador. Sua meta era ser o mais votado de Ji-Paraná, mas ficou em segundo lugar, perdendo o posto de mais votado para o Zezinho da Cadeira (In memória), o mais votado da época. Altamente competitivo, Pedro não gostava nem um pouco da brincadeira de dizer que ele havia perdido pro Zezinho da Cadeira. Antes de completar um ano de vereador, Pedro André renunciou ao cargo e colocou foco nos negócios, que aliás, era altamente dedicado.

Após vender a Folha de Rondônia e ter um desentendimento com os novos donos, o que acabou virando uma pendenga na Justiça, acabou montando o Diário do Povo também em Ji-Paraná. O jornal em formato tabloide ganhou aceitação popular. Foi no tempo em que Ji-Paraná, Tinha dois Jornais Altamente competitivos. Com pouco mais de um ano, o Diário do Povo acabou falindo e Pedro André foi de mudança para Vilhena, onde fez sucesso na Construção Civil, construindo o primeiro condomínio fechado no Cone Sul de Rondônia.

Pedro André tinha comportamento imperativo, era ousado, tinha foco apurado como empreendedor em tido a que dedicava fazer. Pedro era de pavio curto, ou seja, de temperamento forte: não media as palavras quando sentia que tinha razão em uma discussão. Ele era do tipo amigo dos amigos e não media esforços para ajudar, e se portava com um ótimo inimigo dos desafetos.

Considerações do Editor

Eu, Roberto Gutierrez, fui amigo do Pedro André. Trabalhamos juntos na fase dele como empresário da comunicação. Torço para que esse crime seja elucidado, que os culpados. Que os culpados sejam punidos, e estendo minha solidariedade cristã a todos da família, neste momento de dor, angústia e anseio por justiça.

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