Emmanuel Macron resolve reconhecer o Estado da Palestina diante do impasse diplomático e do desastre humanitário em Gaza.
Clarice Gatinoi/Le Monde – Foi o Cônsul-Geral francês em Jerusalém, Nicolas Kassianides, quem entregou a carta a Mahmoud Abbas na quinta-feira, 24 de julho, conforme noticiou o jornal frances Le Monde. Nas imagens do encontro, nada era visível no rosto do líder de 89 anos. Nem o sofrimento sofrido por seu povo em Gaza, nem o alívio que isso está levando a França a agir. Em sua carta ao presidente da Autoridade Palestina, Emmanuel Macron prometeu: em setembro, “a França procederá ao pleno reconhecimento da Palestina como um Estado ” .
O chefe de Estado enfatizou que Mahmoud Abbas denunciou os ataques de 7 de outubro, prometeu renovar a governança da Autoridade Palestina e desmilitarizar o Hamas. Ele espera ser seguido por outros países em setembro, quando o anúncio oficial for feito no pódio da ONU.
O Presidente da República deverá comparecer à Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em Nova York nessa data. “Ao fazê-lo “, escreveu ele, ” a França buscará dar uma contribuição decisiva para a paz no Oriente Médio”. Este gesto simbólico e político surge em resposta à carta que Mahmoud Abbas enviou em 10 de junho a Emmanuel Macron e Mohammed Ben Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita. Nela, o líder palestino denunciou o massacre de 7 de outubro de 2023, cometido pelo Hamas, defendeu sua desmilitarização e prometeu renovar a governança da Autoridade Palestina.
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