Gisele Vaz – Um tipo de violência silenciosa e sem proibição legal está acontecendo diariamente com milhares de mulheres, esposas de caminhoneiros de todo o país. Ao acompanhar seus maridos nas viagens, elas são proibidas de entrar nas empresas onde eles realizam operações de carga e descarga. As mulheres – e também os filhos – são obrigadas a descer do caminhão e ficar na rua, pelas calçadas, praças, nos meios-fios, a noite à espera do retorno do marido que está na boleia do caminhão esperando a nova carga (ou descarga). Nesse meio tempo – que varia de algumas horas a dias – a família fica do lado de fora, na poeira e no calor, na chuva, no sereno, passando por situações de risco, de assédio, de fome e de humilhação.
“Esse quadro é cotidiano e é grave”, denuncia Ione Estela Pessoa, esposa de caminhoneiro que, cansada de ficar em bancos de praças, está criando um movimento nacional para chamar atenção para o fato. Ione está organizando um abaixo-assinado para ser entregue ao ministro dos Transportes, Maurício Quintella. “Até o momento já temos 3,5 mil assinaturas”, diz Ione, adiantando que vai buscar apoio para as reivindicações nas entidades de defesa da família, nas delegacias, em órgãos de empoderamento feminino e até no Ministério dos Transportes. “Precisamos parar com essa humilhação e o descaso com que somos tratadas”, diz ela.
A luta iniciada pelas mulheres é encampada também pela União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), entidade que defende caminhoneiros de todo o país e que organiza a categoria, inclusive sugerindo leis ao Congresso Nacional. O presidente da Unicam, José Araújo da Silva, o China, confirma as denúncias feitas pelas esposas e defende que elas possam ter acomodações temporárias, mínimas de conforto. “São milhares de fábricas, indústrias e propriedades rurais pelo país que hoje são atendidas pelos caminhoneiros, sendo que o modal rodoviário movimenta 61% das cargas do país”, lembra China Araújo. “Já existe um tímido início nesse atendimento, mas queremos que as empresas possam se adequar, porque as mulheres realmente passam por situações de risco à saúde, assédio, desconforto e até violência”, assegura.
Ione Estela acrescenta que a viagem da família com um caminhoneiro é, na maioria das vezes, uma necessidade econômica. “Em tempos de crise, às vezes não é possível pagar um aluguel, então a família passa a viver no caminhão com o marido. Da mesma maneira, ao chegar a uma cidade, não é sempre que o caminhoneiro tem dinheiro para hospedar sua família em hoteis ou pensões até que ele seja liberado para nova viagem. Então, ele fica dentro do pátio da empresa e a família do lado de fora passando privações”, relata ela. “O que nós queremos são apenas condições mínimas de abrigo, com um teto, banheiros para as necessidades básicas e alguns móveis para descanso. Não são condições impossíveis e já há casos no Brasil de empresas que criaram um galpão para as famílias”, apontou ela.
Versão da reportagem em áudio
De acordo com Ione, as esposas – chamadas de “cristais” entre os caminhoneiros – entendem as regras de segurança das empresas e não questionam esse fato. “Não queremos entrar onde é proibido. Queremos apenas ser tratadas com dignidade e como ser humano que somos”, resume.
Ione Estela criou também um grupo de wspp onde as “cristais” trocam mensagens e recebem relatos tocantes como o de uma esposa, cujo marido estava em uma empresa na cidade de Triunfo (SP). “Estou na empresa em Triunfo, sentada na rua, num banco, na chuva e sem banheiro”, diz o texto. “Essa situação também é uma de violência contra as mulheres. É uma violência silenciosa e que causa muito constrangimento a todas nós e queremos denunciá-la ao ministro Quintella. Por isso estamos fazendo o abaixo-assinado”, reforça Ione.
Reservas: (69) 99330-5090 e 99987-9994 – Rondônia
As firma faz isso com nois mulher de caminhoneiro.e deixa mas os motoristas na mira de puta e viado e um falta respeito cada dia cresce esse trem pq nois q mulher não podemos acompanhar nosso marido è revoltante
Eu apoio a causa mais respeito por heróis sem medalhas rodamos noites e noites pra que essa sociedade ingrata tenha seus alimentos remédios comidas frutas e verduras tudo não verdade somos nos que carregamos nas costas mas ninguém ver esse lado não eles só falam que caminhoneiro e drogado irresponsável vem rodar 3 dias e três noites sem usar nada pra ver oque vai acontecer sem os caminhoneiros o pais para mas valor e respeito por nossa classe e a nossas familias
DANNY ADRIELLY DISSE TUDO SEM MAIS POR MAIS AMOR AO PROXIMO MENOS MIMIMI esse povo que vevi menospresando e criticando com certeza nunca soube oque é encara as estrada de madrugada pra cumprir uma carga horaria e entrega oque talvez ele mesmo va leva pra mesa de sua familia se nao fosse esses guerreiro vc nem comida tinha na mesa seu sergio presta atenção e reavalia seus conceitos antes de julga e fala pelos cotovelos
Vc me parece aquela minoria de grandes idiotas que acham que as mulheres viajam junto pra passear… Não meu amigo, viajo pra manter meu tuba acordado, viajo pra que ele tenha uma boa refeição e não diarréias contantes.. infeliz comentário, fosse eu? Retirava-se a sua insignificância! Né mesmo? Se tua cristal é confirmada com isso? Parabéns! Mais uma idiota formando o time! Te liga bico de luz!
Que idéia brilhante:
Atenção você que quer viajar com a família e não tem condições. Vamos fazer um abaixo assinado o solicitar aos governos federais, estaduais e municipais que providenciem acomodações para nossos familiares.
Por favor, não aguentamos mais pagar impostos para sustentar “minorias”. Criar estruturas,com dinheiro público, para acomodar familiares de caminhoneiros?
Desculpe-me a categoria,minha família faz parte da mesma,mas quer levar família para passear,pague,deixe em um hotel.
O correto seria proibir passageiros,a não ser a serviço da empresa,em caminhões.
O CBT,salve engano trata,nos artigos 96 e 135, sobre o uso de veículos específicos para transporte de passageiros, lógico, não fala sobre carona,mas devia tratar.
Não meu caro Sérgio não queremos usar dinheiro público pra ter acomodações, queremos apenas o direito de poder estar mais tempo com nossos maridos wue carrrgam o país nas costas, sabe esse sofá que você está sentado em cima, esse celular que você usa pra escrever, o pão de cada dia que está na sua mesa? Pois bem são esses mesmo que querem poder desfrutar o momento raro e único de poder passar com sua família que muita das vezes ficam até meses sem ter esses momentos com a família, muitas vezes deixam de ter momentos especiais com a família como datas comemorativas pra levar o conforto pra sua família, você ja parou pra pensar se não existissem caminhoneiros como seria a vida desse país? E não é pedir demais que as empresas tratem esses heróis e suas famílias com respeito e dignidade é? Pois exigem rapidez nas cargas e descargas, mas não fazem nada por esse povo que clama em uma só voz VALORIZAÇÃO! diesel caro, impostos esses que vc refere que nos custa altíssimos também, sem contar nos pedágios e as estradas que estão por nos deixar loucos. Pense bem antes de julgar, não queira estar na pele desse povo meu caro, pois vc tem sua família todos os dias, tem chuveiro quentinho pra romar seu banho, comida fresca. Pense bem!
Como pode dizer que faz parte da categoria dizendo isso? Se vc realmente soubesse alguma coisa à respeito da classe, saberia das nossas dificuldades do dia a dia na estrada. Por acaso vc sabe o que é ficar 40 dias sem vir em casa? Sem ver esposa, filhos, pais, e todos familiares? Acho que não meu caro…Se vc é caminhoneiro, ou vc ganha um salário absurdamente alto para conseguir bancar a hospedagem de sua família em hotéis(o que acho improvável) , ou vc não é estradeiro! Ninguém falou em usar dinheiro público! Apenas que cada indústria ofereça apenas uma sala de espera com banheiro e água para que a família possa aguardar, sem tomar chuva, passar frio, ou ficar na rua vulnerável à bandidos e sem poder ao menos fazer xixi!! E não me venha dizer que o lugar da família é na casa, pois nos sujeitamos à tudo isso para passar mais tempo em família, datas especiais como aniversário, natal, ano novo ou simplesmentefazer companhia para alguém que é tão solitário quanto os caminhoneiros! Não julgue uma classe que vc infelizmente parece não conhecer!
Tens razão, Diana.