Segundo informações do jornal O Globo, o Itamaraty afirmou que os passaportes emitidos na embaixada brasileira de Praga, em 1996, tiveram como base documentos que já tinham sido emitidos no Brasil.
“Os formulários de pedido de passaporte indicam que as referidas cadernetas foram emitidas em substituição a passaportes anteriores emitidos no Brasil, pela Polícia Federal, em nome de Josef Pwag e Ijong Tchoi”, afirmou o Itamaraty ao GLOBO.
As imagens dos passaportes emitidos em 1996 foram divulgadas em fevereiro pela Agência Reuters e mostraram que os dois líderes norte-coreanos usaram nomes falsos.
Josef Pwag, era o nome do atual presidente, e Ijong Tchoi, para seu pai. Os documentos expedidos na República Tcheca tinham validade entre 26 de fevereiro de 1996 e 25 de fevereiro de 2006.
Não foi informado pelo Itamaraty quando os documentos anteriores foram emitidos no Brasil, nem qual era a validade deles. Para fazer a retirada dos passaportes em Praga não foi exigido a apresentação de nenhum documento de identidade porque, como se tratava de renovação, bastava apresentar o passaporte anterior.
“Segundo o Regulamento de Documentos de Viagem em vigor à época da emissão das cadernetas nº CE375364 e nº CE375366, aprovado pelo Decreto nº 637 de 24 de agosto de 1992, para a concessão de novo passaporte comum, era dispensada a apresentação de documento de identidade, caso o interessado apresentasse passaporte anteriormente expedido”, informou o ministério.
Os passaportes emitidos em Praga têm a assinatura de Antonio J. M. de Souza e Silva. Naquele ano, o diplomata Antonio José Maria de Souza e Silva servia na Embaixada do Brasil na cidade, onde ficou entre 1993 e 1997. Atualmente, ele é embaixador em Mianmar, na Ásia. Ambos os passaportes exibem como local de nascimento a cidade de São Paulo.
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