O deputado Luizinho Goebel (PV) na sessão desta quarta-feira (11) lamentou que o projeto que autoriza o aumento da cota dos reservatórios da Usina de Santo Antônio possa ser aprovado.
O parlamentar, inclusive, parabenizou o governador Daniel Pereira (PSB) que, segundo ele, apesar de poucos dias de mandato conseguiu convencer alguns deputados contrários ao projeto a mudar de opinião.
“O que já demonstra que ele é um grande articulador”, ressaltou o deputado.
Luizinho Goebel lembrou que há anos Rondônia teve a oportunidade de melhorar a vida da população quando se iniciou a proposta da chegada das usinas. O deputado disse que na época, em seu primeiro mandato apoiou junto com a maioria, a instalação das usinas.
“Nós fomos paras as ruas defender o movimento ‘Usinas já’, fizemos Nota de Repúdio contra a não autorização das hidrelétricas, porque acreditávamos ser o melhor para Rondônia. Tínhamos o apoio de entidades como Arom, Fiero, Facer, Câmaras Municipais, governo do Estado e vencemos, as usinas vieram, porém, erramos”, declarou o deputado.
O parlamentar defendeu que as usinas hidrelétricas não trouxeram benefícios para Rondônia conforme foi prometido na época. Para o deputado, foi um período em que os representantes perderam a chance de dar dignidade para o povo.
“E com a aprovação desse projeto, estaremos perdendo essa chance de novo, estaremos errando de novo. Jogando fora a chance de devolver essa dignidade para toda a população prejudicada com as usinas”, enfatizou Goebel.
O deputado disse que em reunião com representantes da Arom e advogados da usina de Santo Antônio onde questionou como a empresa compensaria a região que será contemplada com os mais de R$ 30 milhões caso seja elevado os reservatórios da hidrelétrica.
“Eles me responderam apenas que se reunirão com o povo, ver o que o povo precisa, e depois organizar as ações. Porém, não podemos esquecer que nem o que foi acordado no passado foi cumprido até hoje”, argumentou o parlamentar.
Goebel reforçou que aprovar o projeto é deixar de exigir com que as empresas interessadas na questão das usinas, paguem o que devem ao Estado, onde a dívida existente, em sua maioria é com o social, a segurança pública e a saúde.
“Não vou me curvar à pressão e a interesses escusos. Sou contra o projeto e sei que no futuro, quando todos perceberem que mais um erro foi cometido contra centenas de famílias que terão seu pedaço de chão alagado, eu poderei lembrar que não compactuei com esse projeto. E os que estão pressionando para aprovação hoje, que sejam solidários com as famílias de amanhã”, declarou o deputado.
ALE/RO – DECOM – Juliana Martins
Foto: Ronaldo Afonso
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