Se você andou pegando muita gente ou dando demais para muitos parceiros, esqueça, você está inapto a doar sangue. Isso vale pra gay ou heterossexual.
A regra é mais ou menos assim: deu o fiofó não pode doar sangue. Pegou a empregada, a prima do vizinho e uma bebinha de fim de festa, não ode doar sangue.
Se você não está pegando ninguém ou não andou injetando droga, saiba que você é o doador perfeito.
Orientação sexual não é critério para seleção de doadores de sangue
A política de restringir às doações de homossexuais e de heterossexuais que tiveram vários parceiros está baseada no alto risco associado a inúmeras doenças, que são transmitidas pelo sangue e não à opção sexual do doador. Exemplo, é a prática do sexo anal, que aumenta o risco de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DST).
De acordo com o presidente do hemocentro de Rondônia, Orlando Ramires, os servidores são orientados a não usar a orientação sexual para seleção de doadores. “Não pode ocorrer nenhum tipo de discriminação. Seja ela sexual, condições socioeconômica, cor e tantas mais. Temos que cuidar do sangue coletado. O paciente tem o direito de receber uma bolsa de sangue extremamente confiável”, explica Ramires.
Para se ter uma ideia, todo o sangue coletado em Rondônia, está tendo uma análise mais segura. Com o objetivo de reduzir a janela imunológica, conhecido como o período de tempo entre a contaminação e a detecção da doença por teste, o estado faz o teste de ácido nucleico, que torna ainda mais segura a análise do sangue. Para ficar claro, citamos o exemplo do vírus HIV, que cai de 21 para dez dias.
A Portaria 2712, de novembro de 2013, do Ministério da Saúde, prevê inapto temporário por 12 meses, doadores que tenham feito sexo em troca de dinheiro, drogas ou tiveram vários parceiros sexuais; que tenham feito sexo com parceiros desconhecidos ou que tenham sido vítimas de violência sexual.
A enfermeira da triagem clínica, Ieda Pinheiro, explica que o doador é questionado sobre situações ou comportamentos sexuais. Tudo é feito para diminuir todos os riscos ao receptor. Todas as informações coletadas são sigilosas em todo o processo. “O Hemocentro não quer só mais uma bolsa de sangue. É preciso uma análise criteriosa e garantir que a transfusão de sangue não emita nenhum risco ao receptor. Seja ele imediato ou tardio.”
De acordo com biomédica do Hemocentro, Carola Hurtado, a busca do sangue seguro já começa na captação de doadores, quando é avaliado o perfil básico, como: peso, idade, e condições básicas de saúde e nunca à opção sexual.
“Em Porto Velho, existe uma necessidade diária de 100 doadores. O que significa em média 80 bolsas coletadas dia, já que muitos doadores não são aprovados na triagem inicial interna. Depois é feita uma triagem laboratorial, onde ocorre uma pesquisa de doenças transmissíveis pelo sangue, que bloqueia em média 10% das bolsas coletadas. É preciso entender que o número de candidatos à doação, não é o mesmo o número de bolsas liberadas para consumo, que chegam em aproximadamente 70%. É aí que nasce a necessidade de fortalecer a consciência de fidelização dos nossos doadores de sangue”, enfatizou Carola.
Em Rondônia, neste período de férias, o número de doações chega cair em até 50%, o que reflete uma queda significativa nas bolsas de sangue. Outras informações: 0800 842 5744
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