O velório da atriz, cantora, diretora e compositora Bibi Ferreira, de 96 anos, será aberto hoje (13) ao público das 10h às 15h, no foyer do Theatro Municipal, no Rio. Com mais de nove décadas dedicadas aos palcos, será em um dos principais do país que ela receberá as últimas homenagens.
O corpo da artista será cremado no Memorial do Carmo, às 17h, em cerimônia reservada à família e aos amigos. Bibi Ferreira morreu ontem (12) no começo da tarde em consequência de problemas cardíacos, enquanto dormia no seu apartamento, no Flamengo.
De acordo com a única filha, Tina Ferreira, a mãe aproveitou bem a vida e morreu tranquilamente. Ela contou que a mãe amanheceu ontem bem, mas reclamando de um “pouco de falta de ar”. Porém, quando os médicos chegaram, ela já havia morrido.
“Ela fez o que ela queria, ela teve uma vida muito boa”, disse Tina Ferreira. “Ela sempre falou isso: ‘Eu vivo para o meu público e que fique nas lembranças deles [espectadores], o que eu pude dar, eu dei o meu melhor”, acrescentou.
Em seguida, Tina Ferreira lembrou-se da frase que a mãe gostava de repetir. “’No palco, é o momento que não sou atingida por nada. É o momento que eu me encontro com Deus.’”
No Theatro Municipal, Bibi Ferreira foi diretora de dramartugia e apresentou-se várias vezes. A primeira apresentação, aos 16 anos, com a peça João e Maria, baseada na ópera homônima, no papel da bruxa. Em 1951, já acumulava as funções de diretora e atriz na peça Diabinho de Saias, de N. Krasna, e em A Hipócrita, de Hagar Wilde e Dale Eunson, nessa última também como tradutora.
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