Os servidores da Secretaria Municipal de Assistência Social de Ji-Paraná (Semusa) aderiram à mobilização nacional em defesa do Sistema Único de Assistência Social SUAS. O objetivo é chamar a atenção da população sobre a suspensão de repasses do Governo Federal às prefeituras.
Somente em Ji-Paraná, são 1.158.000,000 de parcelas em atraso, que deveriam colaborar na manutenção dos serviços de proteção básica e especial no município, oferecidos a 17 mil famílias inseridas no Cadastro Único.
O início da manhã os servidores conversaram com as famílias atendidas pela Secretaria Municipal de Assistência Social para esclarecer o motivo da mobilização.
Os trabalhadores participaram ainda da sessão ordinária na câmara de vereadores, onde entregaram um documento do Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social (COEGEMAS), entidade que representa os secretários municipais de Assistência Social de Rondônia. A intenção foi pedir que os legisladores façam intervenção junto aos deputados federais e senadores para que defendam a regularização do repasse o mais breve possível.
A secretária de Assistência Social de Ji-Paraná, Sônia Reigota, explica que as parcelas estão atrasadas há um ano e deveriam colaborar no pagamento das despesas de serviços importantes como o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), Programas de fortalecimento de vínculo, que atende os adolescentes com as medidas sócioeducativas, os serviços de abordagem de rua e os Centros de Referência de Assistência Social.
“Estamos muito preocupados com esses atrasos. Até agora a Prefeitura tem mantido esses serviços com recursos que tínhamos em caixa. Mas a responsabilidade é também do Governo do Estado e União. Nós nunca recebemos recursos do Estado, mas dependemos dos repasses do Governo Federal para manter os serviços. A conta está sobrando para os municípios. Esta realidade é em todo país. Tem prefeituras que está fechando o serviço de Assistência por não ter condições de arcar com toda a responsabilidade financeira”, ressaltou a secretária.
Para o presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), Leandro Vaz, a situação está delicada nos últimos dois anos em todo o Brasil. “Em Ji-Paraná a situação só não está mais grave por conta do empenho da prefeitura em manter os serviços, mas e o ano que vem como será? Temos que nos mobilizar para reverter esta situação. Não é possível deixar a população sem ter acesso a diversos serviços de assistência”, finalizou o presidente do CMDAS.
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