Militante de grupo que faz oposição ao governo diz que agiu propositadamente e que novas ações estão previstas.
Expulsa da frente do Palácio da Alvorada após cobrar o presidente Jair Bolsonaro sobre as mortes pela covid-19, Cristiane Bernart é militante do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo que faz oposição ao governo. Em conversa com o Broadcast Político/Estadão, ela disse que a ação foi proposital e que estão previstas novas iniciativas como as de hoje para fazer pressão pelo impeachment de Bolsonaro. O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes do movimento, confirmou tratar-se de um ato político.
“A ideia do MBL é continuar questionando o presidente e fazer outras ações, como o panelaço que será feito hoje, às 19h”, disse Bernart. “Eu quis puxar um ato para que as pessoas não tenham medo de cobrar o presidente por ser o presidente. Ele é nosso funcionário e tem obrigação de dar explicações”, justificou.
Formada em Letras, Bernart trabalha como assessora do gabinete do vereador em São Paulo Fernando Holiday (Patriota), também integrante do movimento, mas disse que pediu licença não remunerada para ir até Brasília e que pagou pelos custos da viagem. Ela também diz ser atriz.
No Twitter, Cristiane compartilhou foto do documento com o pedido de desconto do pagamento referente ao dia de hoje, com a justificativa de que iria se ausentar para fazer “manifestação pública de caráter político”.
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