Critério de avaliação das cidades é injusto, afirma Marcito 

Critério de avaliação das cidades é injusto, afirma Marcito 

O prefeito lembrou que a cidade está com 10 leitos públicos de UTIs com o prédio recém-terminado e com vários equipamentos comprados, porém, ele busca junto ao Governo do Estado uma contrapartida  para a operacionalidade desses leitos desde o início deste ano.

Entrevista concedida manhã de hoje (19), ao Jornalista Fábio de Souza, na Rádio Alvorada, o Prefeito de Ji-Paraná, Marcito Pinto (PDT), questionou os critérios avaliativos do Governo do Estado com o plano de ação de enfrentamento ao Coronavírus e apresentou dados onde municípios com índices piores do que Ji-Paraná estão nas fases 2 e 3, o que segundo o Prefeito, é uma grande injustiça com a cidade e com os empresários do município.

Marcito também ressaltou que a macrorregião II, na qual Ji-Paraná está inserida, está recebendo tratamento desigual quando comparada com a Macrorregião I quanto a quantidade disponível de leitos de UTIs e cobrou os deputados estaduais de Ji-Paraná que busquem junto ao Governo uma adequação dos critérios de avaliação e uma equiparação dos leitos de UTIs, proporcionalmente ao que foi disponibilizado para a Região de Ariquemes e Porto Velho.

O prefeito lembrou que a cidade está com 10 leitos públicos de UTIs com o prédio recém-terminado e com vários equipamentos comprados, porém, ele busca junto ao Governo do Estado uma contrapartida  para a operacionalidade desses leitos desde o início deste ano, inclusive, a prefeitura está aberta para parcerias para a contratação de médicos intensivistas. A parceria com o Estado é a forma mais sensata para colocar as UTIs para funcionar, uma vez que as vagas disponibilizadas em Ji-Paraná irão atender a população de várias cidades, não sendo justo que Ji-Paraná arque sozinha com o ônus de cuidar da saúde de outras cidades.

Com base nos próprios números divulgados pelo relatório diário emitido pelo Governo do Estado, através do Comitê de Ações Integradas, que leva em consideração a incidência para 100 mil habitantes, Ji-Paraná possui incidência menor de casos confirmados do que a maioria das cidades; o percentual de curados de Ji-Paraná é de mais de 87% e, mesmo assim, o município foi colocado na fase 1.

Outro ponto alertado pelo Prefeito é que o índice de ocupação de leitos de UTI, que hoje está em 82%, vale para todos os municípios da Macrorregião II, não só para Ji-Paraná. Porém, apenas Ji-Paraná e outras seis cidades foram retornados a Fase 1.

O Prefeito criticou ainda a iniciativa do Governo Estadual de decidir realizar uma testagem em massa em Ji-Paraná, sem que antes seja revisto o critério de avaliação, no que corresponde ao número de casos confirmados. O prefeito salientou que é a favor da testagem, desde que este critério de número de casos positivos, não incida na decisão de fechar o comércio.

“A própria prefeitura adquiriu e está para chegar 10 mil testes para a população de Ji-Paraná, esses testes devem chegar em breve. Entretanto, a realização desses testes irá elevar os índices de casos confirmados, o que inevitavelmente manterá a determinação do Governo Estadual de manter o comércio fechado. A população tem que entender que é necessário a realização dos testes, mas essa testagem não pode prejudicar o comércio e pôr em risco o emprego de milhares de pais de família.”, ressaltou.

Sobre os investimentos previstos para saúde, Marcito esclareceu a população que o município recebeu recentemente, a menos de duas semanas, os repasses do Governo Federal cerca de R$ 15 milhões de Reais. Recursos que já estão licitação para serem adquiridos equipamentos hospitalares, medicamentos, testes rápidos, além de insumos hospitalares diversos. Há ainda a previsão de liberação de emendas parlamentares, o que deve ocorrer em breve.

Sobre a arrecadação e o equilíbrio das contas públicas municipais,  o prefeito salientou que houve uma queda de arrecadação próxima de 30 % devido aos reflexos da pandemia. Entretanto, Marcito garantiu que tem mantido a prefeitura com solidez orçamentária, com os salários todos em dia, pagamento dos fornecedores sem atrasos, com recursos disponíveis para a realização de investimentos e sem criar endividamento para os cofres municipais.

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