O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia Valter Araújo (sem partido) deu um longo depoimento ao procurador da República Reginaldo Trindade, invocando o recurso da “delação premiada”, e explicou como funcionou a aprovação da isenção fiscal para as Usinas do Madeira.
Um fato curioso chama a atenção: deputado não pode legislar sobre matéria financeira – ainda mais no que implica em renúncia de receita. Logo, quem mandou o projeto pedindo isenção para as Usinas, foi o Executivo do Estado, representado pelo então governador Ivo Cassol.
Se para aprovar, teria rolado R$ 22 milhões divididos entre alguns parlamentares, é difícil não ousar imaginar quanto não teria sido a proposta indecente quando às supostas cifras para quem enviou o projeto.
Mas para quem tem memória boa, na época teve ameaça de CPI das Usinas – fizeram um barulhão danado que não deu em nada. Aliás, agora sabe-se que deu alguma coisa.
Segurança
A prefeitura de Ouro Preto do Oeste estuda a possibilidade de criar uma guarda municipal. Essa iniciativa acontece no momento em que a cidade convive com uma onda de furtos à residência. Enquanto isso o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o Projeto de Lei 1332/03, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que regulamenta a criação e o funcionamento das guardas municipais, permitindo o uso de arma de fogo nos casos previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03).
Dilema I
Alguns políticos apontados como favoritos a uma vaga para deputado estadual poderão até ser bem votados, mas, mas correm o risco de ficar apenas na suplência por conta das coligações.
O PSDB, por exemplo, tem com expoentes Gean Oliveira e Euclides Maciel. Mas uma coligação para eles poderá envolver o PRB que tem Marcelino Tenório e Valdivino Tucura, além do PTN que tem o também deputado José Lebrão. A conta otimista é que a coligação consiga fazer três vagas, mas se fizer apenas dois, ficariam de fora três deputados com votação acima da média.
Dilema II
O PDT, por exemplo tem Airton Gurgacz, Silvia Cristina, Saulo e Cleide Almeida apontados como favoritos. A questão é que seriam necessários a soma de pelo menos 70 mil votos para sonhar com três vagas, uma vez que o cociente eleitoral para deputado estadual deverá girar em torno de 33 mil votos.
Precipitado
O ex-secretário de Governo do prefeito Jesualdo Pires (PSB), Ari Saraiva (PTB), nem que peça, se é que já não pediu, não volta mais para ocupar o cargo de secretário. Ele pediu exoneração para ser candidato a deputado estadual. Não bastasse o PTB ter só ele e o Filho do Paulo Moraes como puxadores de voto, Ari teria problemas para registrar candidatura. Ele está incluído no processo do Ivo Cassol junto com o João Cahulla e Tiziu no episódio do célebre culto do Apóstolo Valdomiro em Rolim de Moura, que resultou um processo de crime eleitoral.
Alternativa
Tudo indica que Ari Saraiva não saia candidato a deputado estadual e apoie à reeleição do deputado federal Marcos Rogério (PDT-RO). Só que isso teria deixado irado o padrinho político do Ari Saraiva, o deputado federal Nilton Capixaba (PTD), que além de perder um nome para deputado estadual, também perdeu o voto e o poio.
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