Protestos na Copa são tão inconsequentes como um bando saquear loja ao fim de manifestação

(Roberto Gutierrez) Não se trata de Dilma, Lula. Aliás, quero que os dois se danem. Trata-se de Brasil. Manifestação durante a Copa do Mundo não leva a nada, aliás, leva sim:  a que o Brasil seja mal visto como uma gentinha capaz de provocar baderna e acabar com uma festa. Ninguém lá fora vai falar de Lula, Dilma, Aécio ou a tartaruga fora do casco da Marina Silva. Aliás, esse povo lá fora não fede e nem cheira. É o Brasil. E a credibilidade do País em Jogo. Pior mesmo que essa gente que pretende ir às ruas protestar, por mais que seja bem-intencionada, nada vai conseguir a não ser agravar ainda mais a situação do País. O argumento é que os estádios custaram muito além do que deveria ser, que teve superfaturamento.     Tem vídeo na internet mostrando atores dizendo que não podem ir ao estádio, ou assistir à Copa, quando lembra que tem hospitais aos pedaços dando a entender que o dinheiro foi superfaturado. Aproveita e não anda mais de metrô porque foi superfaturado – alguém ganhou comissão. Aproveita e não anda mais em rua asfaltada porque parte do dinheiro foi para o bolsa da campanha de alguém para comprar voto de gente disposta a vender.  Aproveita e não usa mais energia elétrica porque teve comissão gorda pra muito corrupto. Aproveita e não anda em estrada de chão, pois, apesar de não ser asfaltada, parte do dinheiro gasto para abrir essa estrada foi parar no bolso de algum corrupto. Aproveita e não leva mais seus filhos para a escola, porque o prédio foi superfaturado. Diz também para não comer da merenda escolar, porque algum tipo de mimo alguém deve estar ganhado para dar preferência para algum fornecedor – isso é corrupção disfarçada. Aproveita e não vá mais para hospital público porque o prédio foi superfaturado, a reforma idem, medicamento,  e nem respira lá dentro porque o ar-condicionado custa uma nota para ser limpo e é o tipo do serviço que ninguém fiscaliza e nem o Ministério Público consegue descobrir esse tipo de fraude. Portanto, não é esculhambando a imagem do nosso País para o resto do mundo que a gente vai resolver nossos problemas. É preciso saber votar. É preciso participar do processo político. Aliás, ao invés de apenas protestar e abrir espaço para aproveitadores saquearem e destruírem as coisas, por que não reúne um monte de gente e se filie a um partido político? Toma as rédeas do partido, lance candidatos ‘sérios’. Isso é que é revolução – feita pelo voto, pela organização democrática. Mas não esqueça – vai ter um monte de gente querendo tirar vantagem, querendo vender o voto e cobrando para te apoiar. E mais um monte de gente financiada pela oposição para protestar e te chamar de ladrão. Portanto, nobre revoltado, Lula, Dilma, Sarnei, Maluf, Aécio e outros ilustres famosos são fruto da vontade da maioria. Inocente úteis do meu País, entendam de uma vez por todas: Guerra, política e religião têm teor de comércio.  Não basta ter educação de qualidade. É preciso tem boa índole, bom senso, mas não confunda com ética, pois, isso, até os bandidos têm – conjunto de normas – ética. Agora vou torcer pela minha seleção, pois, sou brasileiro que há muitas décadas percebeu que não existe Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, mas, que é possível viver com dignidade, abrindo espaço ao amor, à tolerância, as boas amizades, à solidariedade e a vontade de fazer o bem, torna-se útil e ser alguém em que os filhos vão dizer com orgulho: esse é meu pai, essa é minha mãe. Lutar pelos direitos é participar da vida política deste País. Torcer para o meu País na Copa (apesar dos pesares) se emocionar com o hino nacional, vibrar com um gol, é marcar gols à cidadania, e lavar a alma e dizer aos pessimistas que somos brasileiros. Que não é Político A, B ou C que vão destruir nosso Estado, Município ou País, porque no dia da eleição será preciso votar de verdade com consciência. Caros compatriotas, torcer contra o Brasil é dar um tiro no pé.

Roberto Gutierrez é jornalista.

chama gás

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