O déficit de armazenagem está projetado em 64,09 milhões de toneladas, de acordo com o Imea.
AgroLine – O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que somente entre soja e milho no Mato Grosso deve somar 90,73 milhões toneladas nesta safra (2022/23), caracterizando mais uma produção recorde para o Estado. Mas, nem tudo são rosas. No início da colheita deste ano Mato Grosso enfrentou problemas enormes e diversos fatores contribuíram para isso, como por exemplo, o clima.
Essa adversidade refletiu na desvalorização do valor do prêmio – que é o valor que corrige os valores negociados nas Bolsas de futuros, como a Bolsa de Chicago, para o valor das negociações do produto físico.
Esses contratempos que aconteceram nesta safra foram decisivos para trazer à tona que não podemos pensar somente em aumentos de área e consequentemente da produção, temos que nos preocupar a resolver urgentemente as deficiências de logística, armazenagem e transporte dos produtos.
Apesar da alta produção de soja e milho no Estado, a capacidade de armazenagem para a safra atual está em 44,78 milhões de toneladas, aumento de 8,80% ante o ciclo 2021/22, em função disso, o déficit de armazenagem está projetado em 64,09 milhões de toneladas, de acordo com o Imea.
Entre uma das soluções diante desse cenário, está o programa Armazena MT criado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) que visa fomentar a construção de armazéns e desburocratizar o acesso ao crédito para o agricultor.
Outra solução será lançada em breve pelo O SIMConsult. É um aplicativo inédito que irá facilitar a troca de produtos (Soja e Milho) evitando o contrafluxo nas estradas, que colaborará com a logística de escoamento propiciando redução de custos.
Não são soluções resolutivas e sim que amenizam parte do atual problema. Ainda assim é preciso um olhar mais atento do Governo Federal e Estadual para sanar essas deficiências.
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