
O Barco-Hospital Walter Bártolo, que afundou no último dia 30, custou R$ 4 milhões é só numa expedição em 2018, 15 mil pessoas foram atendidas.
Cristiane Abreu – O naufrágio do Barco-Hospital “Walter Bártolo”, que por anos levou saúde a populações isoladas na fronteira Brasil-Bolívia, deixa comunidades ribeirinhas sem atendimento médico. Por conta disso a deputada estadual Cláudia de Jesus (PT) cobra da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) providências imediatas para garantir a continuidade do serviço essencial. A parlamentar destacou a gravidade da situação, que afeta diretamente populações indígenas e ribeirinhas ao longo dos rios Guaporé e Mamoré, em uma das regiões mais remotas da Amazônia.
O Barco-Hospital “Walter Bártolo”, inaugurado em 2016, era responsável por levar atendimento médico gratuito e contínuo a comunidades de difícil acesso. Com estrutura equipada para consultas, exames, vacinação e orientações sanitárias, a unidade funcionava como o principal, e em muitos casos, único elo entre essas populações e o sistema público de saúde. A embarcação operava em sistema de rodízio entre localidades, com cronograma regular e equipes multiprofissionais a bordo.
Fruto de uma parceria entre os governos do Brasil e da Bolívia, o barco representava um modelo de integração fronteiriça e respeito aos direitos humanos. O naufrágio, embora não tenha deixado vítimas, comprometeu severamente um serviço essencial e insubstituível.
“Essa unidade representava mais do que um hospital, era a única ponte entre milhares de pessoas e o direito básico à saúde. Não podemos permitir que essas comunidades fiquem desassistidas”, afirmou Cláudia de Jesus.
Na indicação, a deputada propõe alternativas como a reconstrução da embarcação, o envio de unidades substitutas ou a implementação de estratégias emergenciais para garantir que o atendimento não seja interrompido.
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