Roberto Gutierrez – Faltando praticamente um ano para a realização das convenções partidárias que vão indicar os candidatos a prefeito de Ji-Paraná/RO, alguns nomes são objeto de especulação quanto à uma provável candidatura. Os números revelados na pesquisa feita pelo Instituto Phoenix, como qualquer pesquisa, revelam um momento, como se fosse uma fotografia, mas, se observado com subsídios de informação, dá um norte quanto à conjecturas e possibilidades de cada um para uma caminhada nada fácil.
O prefeito Jesualdo Pires (PSB) que tem dito que não tem muito interesse na reeleição surge com 36,4%. Melhorou em relação à última pesquisa quando o índice de aceitação dele estava bem abaixo, mesmo assim. Pelo fato de não existir segundo turno em Ji-Paraná, existiria aí uma tranquilidade aparente quando percebe-se que ele poderá disputar a prefeitura com no mínimo dois concorrentes. Uma disputa polarizada seria ariscada demais. Do ponto de vista administrativo a prefeita de Ji-Paraná caminha com pernas próprias, apesar da quantidade significante de convênios e obras indiretas (o que é bom). No entanto, a prefeitura está bem no quesito arrecadação e equilíbrio das contas, o que dá capacidade de torque ao prefeito numa tentativa de querer aumentar a diferença para os concorrentes.
Euclides Maciel (PSDB), que aparece em segundo lugar com 11,5%, está prestes a estrear um programa em uma nova emissora em Ji-Paraná sob o comando dele: a Gazeta. Isso dará a Euclides sustentação política, haja vista a exposição diária na mídia e, com uma vantagem que o prefeito Jesualdo não tem: a de não ser vidraça. Mas existe uma dúvida: ser prefeito de Ji-Paraná realmente seria um desejo de Euclides ou ele quer mesmo é voltar para ser deputado estadual. Sem pedir votos, esta possibilidade existe porque ele é suplente do deputado Adelino Folador (DEM) que tem 95% de chance de se eleger prefeito de Ariquemes. Seguindo esse raciocínio, Euclides poderia até ser candidato a prefeito, mas por dois motivos: de manter o nome dele reafirmado no cenário político, e numa hipótese não-descartada, de ajudar a dividir os votos que não seriam do Jesualdo com as demais candidaturas de oposição. Pode até não dizer ou ver por esse lado, mas, em sendo candidato, para esse fim contribuiria.
Edison Fidélis Júnior (sem Partido), o Edinho Fidélis, aparece em terceiro lugar e é a grande novidade neste cenário, pois o sobrenome dele traz um certo saudosismo por conta dos pais– Edison e Ini Fidelis, com grande folha de serviços prestados a Rondônia e, em especial, a Ji-Paraná. Médico ortopedista, é uma espécie de pé-de-burro pra trabalhar. Os mais próximos dizem que ele puxou o dinamismo do pai e a paciência da mãe. Edinho surge com a simpatia da classe médica, de muitos profissionais liberais e até empresários descontentes com a administração porque estariam pagando mais com os impostos. Pelo fato de ser um nome com vivência política desde o tempo que se esbaldava na mamadeira, é alguém que vai ser presença garantida nas próximas eleições. Se o nome cair na graça do povo, corre o risco de se tornar uma espécie de “Efeito Irandir”. Quem acompanha política, sabe sobre o que estou falando: – trata-se de um ex-prefeito de Ouro Ouro/RO que deu uma do Robin Wood, caiu na graça do povo e derrotou 25 partidos políticos com um palanque reunido quatro deputados.
O ex-vereador Cacau (PRB) aparece em quanto lugar com 10,3, está percorrendo os bairros periféricos de Ji-Paraná para dizer que fará o possível para ser tornar prefeito. Ele é corajoso, pois, não é tarefa fácil sair por aí como um Don Quixote de la Mancha atacando moinho de vento. Ele se aproveita para semear suas ideias nos pontos onde a população mais reclama da administração e, com isso, ganha espaço. Quanto a ser candidato a prefeito, até ele mesmo admite, só o tempo dirá, mas, com essa estratégia, está ganhando mais espaço político do que qualquer vereador hoje em Ji-Paraná.
Edvaldo Soares (PMDB) surge na pesquisa empatado com Cacau: 10,3%. Muita gente acha que ele perdeu o andar da carruagem, ex-deputado, ex-chefe da casa civil, ex-candidato a prefeito, teria dificuldade de encontrar espaço dentro do próprio partido para conseguir uma vaga, a não ser que fosse para vereador. O que soa nos bastidores é que o PMDB não lançaria candidato a prefeito nestas eleições na tentativa de indicar o vice de Jesualdo ou conseguir a presidência da Câmara no próximo pleito. Aliás, PMDB, PDT e PSB precisam caminhar juntos em Ji-Paraná por conta de um projeto político bem maior: o de eleger Acir Gurgacz (PDT) governador de Rondônia em 2018
O Vereador Anderson Exceller (PSD), cujo nome há quatro anos surgiu com pré-candidato a prefeito e acabou, numa composição feita com o próprio prefeito Jesulado Pires, para ser candidato a vereador, aparece em quinto lugar com 6,2%. Na atualidade ele, junto com o vereador Lincoln Astre, são as duas oposições que Jesualdo têm na Câmara. Exceller, assim como os demais, tenta fazer o nome dele crescer, como parte de um projeto de oposição na tentativa de juntar todos os pretendentes e lançar apenas um nome para disputar com Jesualdo Pires. Não será tarefa fácil pois, quando as cartas são postas à mesa, muita gente acaba blefando. O jogo é duro.
O deputado estadual Laerte Gomes (PEN), recém-chegado de mala e cuia a Ji-Paraná, ainda é um ilustre desconhecido em alguns setores da cidade, apesar de muita gente já o reconhecê-lo nas ruas. Aliás, fortalecer o nome dele vai depender das ações e de todo um trabalho político. Não podemos esquecer que a segunda maior cidade de Rondônia só tem o deputado estadual Airton Gurgacz (PDT). Laerte Gomes em Ji-Paraná, é uma esperança de mais sustentabilidade política. Carismático e muito comunicativo, podendo ser comparado a alegria que irradia Euclides Maciel, Laerte sabe que não é da noite pro dia que se constrói uma liderança, mas, os projetos políticos dele estão mesmos voltados para 2018 e 2002.
OBS: Embora não tenham sido citados no disco os nomes Zé Bianco, Marcos Rogério, Silvia Cristina e Ari Saraiva, foram lembrados pelos representantes
Amostras: (331)
Período: 08 a 10 /06/2015
Margem de erro: + ou – 3%
Sexo: Masc.: 49,0% Fem.: 51%
Estatístico Responsável: Augusto da Silva Rocha CONRE 1 – Nº7655-A
Instituto Phoenix
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