O ex-prefeito Cássio Brigolini Neme, de Mariana, foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de estupro de vulnerável. Após ter um pedido de prisão preventiva decretado pela Justiça, ele estava foragido até nesta sexta, no fechamento desta página.
As investigações que teriam confirmado o crime, segundo a polícia, duraram cerca de cinco meses e foram coordenadas pelo delegado Marcelo Teotônio. À imprensa, ele afirmou que a jovem procurou a corporação no fim do ano passado para relatar que os abusos teriam acontecido entre 2011 e 2015. Ela tinha 14 anos quando a situação teria começado a acontecer.
O delegado afirmou, ainda, que a jovem demorou a denunciar o ex-prefeito por temer que ninguém acreditasse em sua versão. Ouvido pela polícia durante as investigações, Cássio Brigolini negou a acusação. Conforme informações da Polícia Civil, o indiciamento teve base no artigo 217-A do Código Penal, que se refere a estupro de vulnerável. Se for condenado pela prática, ele pode pegar até 15 anos de prisão.
Não é a primeira vez em que o ex-prefeito tem problemas com a Justiça. Em 2010, ele foi condenado, em primeira instância, por improbidade administrativa e teve seus direitos políticos suspensos por oito anos, além de ser determinado o pagamento de uma multa de R$ 60 mil. Na época, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou o então prefeito por conta do pagamento de dívidas particulares com dinheiro do município, além de fraudes em licitações que visavam realizar reformas e outros serviços em escolas da cidade.
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