Por falta de infraestrutura, a Feira do Comércio e Indústria de Ji-Paraná (FECOMIND) não será realizada neste ano de 2013. O anúncio feito nesta última terça-feira, 15, pela Associação Comercial e Industrial de Ji-Paraná (Acijip) para toda imprensa local contou com a presença dos diretores da Instituição Silvana Dartiballi, Álvaro Galvão, Raquel Graeff, Nilton Motta e Genivaldo Campos, além da presença do antigo presidente da casa e atual vice-prefeito de Ji-Paraná, Marcito Pinto, e também dos vereadores Afonso Cândido e Silvia Cristina.
O presidente da Acijip, Alexandre Dartiballi, mencionou que a Fecomind iniciou de forma simples em que os empresários pediam para os comerciantes participarem do evento pela amizade que uns tinham com os outros. “Uma Feira que iniciou com custo de R$ 65 mil na primeira edição e hoje ela orça um investimento em mais de R$ 500 mil. Isso nos gratifica muito, pois foi uma ideia que deu certo e foi aprovada por todos empresários de Ji-Paraná e região”.
O apoio de convênios para realização deste evento sofreu percalços devido ao não repasse no momento dos acordos fechados na época. Segundo o tesoureiro da Acijip, Genivaldo Campos, isso trouxe uma série de desconfortos administrativos já que à Associação Comercial teve que arcar com os custos usando suas reservas financeiras. “Mais de R$ 100 mil reais foram retirados para cobrir as despesas. Isso nos prejudicou em relação aos outros contratos e projetos que apoiamos para a fomentação do comércio de Ji-Paraná que estão em andamento e dependem da Associação para dar continuidade”.
Considerada a maior Feira neste segmento de comércio e indústria no Norte, a FECOMIND teve média de R$ 7 milhões em fechamentos de negócios em cada edição durante os cinco dias de eventos. Na 4ª edição em 2012, a Feira atraiu mais de 220 expositores de todo o Brasil. Dartiballi salienta ainda que este mega evento mostra o potencial não somente de Ji-Paraná, mas também de todo Estado de Rondônia. “O momento agora é de todos os empresários se unirem para buscar meios financeiros através da nossa Bancada Federal em Brasília para a construção instantânea do Centro de Convenções em Ji-Paraná. Esse recurso deve ser estimado entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões”.
CENTRO DE CONVENÇÕES
O recurso de R$ 300 mil disponibilizados pela deputada federal, Marinha Raupp, para o projeto de execução e elaboração já foi encaminhado para Porto Velho e a Prefeitura Municipal está aguardando o aval para dar continuidade aos trâmites legais.
Para o vice-prefeito, Marcito Pinto, somente com a construção do Centro de Convenção é que FECOMIND poderá realmente ter um espaço ideal para realização. “Lamento muito, é uma grande Feira, mas a Associação tomou a melhor decisão. O Gerivaldão não tem nem 5% da estrutura que se deve ter para realizar esta Feira. Foi uma decisão coerente como deve ser, pois envolve questões mínimas de segurança e infraestrutura, e a Associação Comercial tem o discernimento e a responsabilidade de execução. Estamos aguardando o aval da Caixa Econômica Federal para o Termo de Referência que já está em Porto Velho para prosseguir com o projeto Centro de Convenções e precisamos neste momento e contar com o apoio de vocês da imprensa para transmitir da melhor forma possível para o entendimento das pessoas”.
Após essa difícil decisão juntamente com a diretoria Executiva da Acijip, o presidente da Associação Comercial iniciou uma série de contatos para sensibilizar a classe política da urgência de recursos. Uma dessas iniciativas já foi realizada com a doação do terreno de cinco mil hectares próximo ao Anel Viário e ao Batalhão do Exército.
Outras ações são as viagens de várias comitivas formadas por empresários e profissionais para algumas cidades que possuem já estes Centros de eventos para que algumas idéias e sugestões possam acrescentar na elaboração do projeto. Dartiballi entende que a importância de trocar experiências são fundamentais para não cometer erros e buscar novidades para a construção de um centro moderno. “Os profissionais envolvidos estão buscando ver o que há de melhor em cada Centro para trazer para o nosso futuro projeto as melhores opções de arquitetura, engenharia e sustentabilidade. Essas trocas funcionam, pois somente assim não iremos cometer erros e saber utilizar cada centavo desta verba que será destinada para construção”, finaliza Dartiballi.
Temporariamente suspensa a Feira enfrentou diversas panes elétricas no Gerivaldão, e hoje, mesmo que quisesse a ACIJIP não tem autorização dos Bombeiros para execução da Feira.
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